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FUTEBOL
Artilheiro do time, Cicinho, ameaçado de ir para a reserva, marcou o gol
São Paulo bate Palmeiras e vence 1º clássico aos 47min
Fernando Donasci/Folha Imagem
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O são-paulino Grafite e o palmeirense Baiano disputam bola na vitória do time do Morumbi, ontem |
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
No minuto final, no último chute, de um quase renegado, o São
Paulo venceu pela primeira vez
um clássico estadual neste Brasileiro ao bater o Palmeiras, de virada, por 2 a 1, e coroou Cicinho,
que quase foi para a reserva com a
chegada do técnico Leão.
O gol dele, artilheiro do time
com oito gols, premiou a equipe
que tentou manter a "alegria
ofensiva" obtida pelas duas em
seus últimos jogos. Mesmo sem a
eficiência da goleada por 7 a 0 sobre o Paysandu, o São Paulo sempre foi melhor em campo e o Palmeiras se limitou a defender.
No final, após marcar aos 47min
do segundo tempo, os são-paulinos foram comemorar sobre o
símbolo do clube como se tivessem conquistado um título. Cicinho, que deixou o primeiro tempo como vilão após cometer pênalti que originou o gol palmeirense, saiu do gramado festejado.
Deu o passe para o gol de empate de Nildo e fez o gol da vitória
em seu único chute no jogo.
"Não havíamos vencido clássicos. E, felizmente, me redimi",
disse, emocionado, o autor de cinco gols nos últimos quatro jogos.
O São Paulo, como ordenara
Leão, foi a campo com uma distribuição tática semelhante à da partida contra o Paysandu.
Novamente o time apostou em
um bloco ofensivo para auxiliar
os atacantes Grafite, Danilo e Nildo, que revezavam constantemente o posicionamento.
Bem posicionados, os palmeirenses se defendiam bem e evitavam as conclusões do rival. Mas
tinham dificuldade para se articular na frente. Isolados, Pedrinho e
Osmar não recebiam a bola.
Nem a saída de César Sampaio
após choque com Osmar -sofreu fratura no nariz e um corte na
nuca após cabeçada-, ajudou.
Mesmo com o domínio da partida, os são-paulinos foram castigados. Marcinho chutou da entrada da área, a bola desviou na defesa e sobrou para Osmar, que foi
puxado por Cicinho na área.
O próprio Osmar cobrou o pênalti, no canto direito de Rogério,
aos 42min do primeiro tempo. Os
são-paulinos reclamaram impedimento que não ocorreu.
O time do Morumbi conseguiu
o empate também com um vacilo
do rival. Logo no primeiro minuto da segunda etapa, Cicinho cruzou, Daniel furou na área, e a bola
sobrou para Nildo, que chutou
sem defesa para Sérgio: 1 a 1.
Com o time acuado, Estevam
Soares colocou Diego Souza e
Adãozinho nos lugares de Alceu e
Elson. Não resolveu. Pedrinho e
Osmar pouco participavam. O
Palmeiras chutou oito bolas a gol,
com um acerto apenas, de acordo
com o Datafolha.
Enquanto isso, Grafite, Danilo,
Lugano, perdiam gols -foram 16
finalizações, 10 certas. No final, o
São Paulo foi premiado pela ofensividade. Mas precisou arrematar
quatro vezes para vencer Sérgio.
Diego Tardelli chutou, o goleiro
defendeu, Grafite pegou o rebote,
nova defesa de Sérgio, que rebateu em seguida outro chute de
Tardelli. Na quarta tentativa, Cicinho chutou no canto direito para
dar a vitória ao São Paulo.
O resultado deixou o São Paulo
com 56 pontos. O Palmeiras, que
foi ultrapassado pelo rival na classificação, tem 55.
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