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PINGUE-PONGUE
Cartola torce por tempo bom para facilitar as obras
DA REPORTAGEM LOCAL
Presidente da Odepa e dono
de 61 jornais, emissoras de rádio e TV no México, Mario
Vázquez Ranã, 62, dirigente
que está à frente dos Jogos Pan-Americanos desde 1975, admite que a competição em Santo
Domingo será modesta.
Em entrevista à Folha, ele diz
que não há chances de o prazo
para as obras terminarem ser
esticado e que torce para que o
tempo ajude os trabalhadores
na reta final.
(EO)
Folha - Como o senhor vê o andamento das obras para o Pan?
Mario Vázquez Raña - Os Jogos começarão no dia 1º de
agosto de 2003 de qualquer jeito. Antes dessa data é necessário finalizar as instalações. Para
tudo isso, contamos com apenas dois meses. Levando em
conta a situação e os riscos,
acertamos com o comitê organizador o dia 30 deste mês como limite máximo. Não há a
mínima possibilidade de mudar o prazo. A estratégia é tentar agilizar o ritmo das construções, incrementar o número de
trabalhadores e ampliar os horários [de trabalho" se necessário. Torcemos para que a natureza também nos apóie, com
um clima favorável, para os trabalhos serem concluídos em
tempo. Serão Jogos modestos,
mas com a organização adequada e a qualidade requerida.
Folha - A decisão de diminuir
os custos do Pan é um reflexo da
decisão do COI de tornar a Olimpíada menos custosa?
Vázquez Ranã - O princípio é
o mesmo, mas não se pode
comparar a Olimpíada com o
Pan-Americano. O que acontece é que também no COI há
uma maior consciência e clareza sobre como trabalhar para
que os eventos, sem perder
qualidade, se organizem sob
uma ótica mais racional e também mais eficiente.
Folha - O Pan perdeu parte de
sua importância com o fim da
Guerra Fria, com países como
Canadá e EUA enviando suas
equipes B, e o esfriamento da luta dos norte-americanos com
Cuba por medalhas. O que o senhor acha disso?
Vázquez Raña - O Pan não
perdeu qualidade após a Guerra Fria. Ao contrário, em vários
esportes manteve e até aumentou sua qualidade. Os resultados em Mar del Plata e Winnipeg comprovam. A teoria de
que há falta de rivalidade por
causa de mudanças políticas é
absurda. Ela se mantém. Os Jogos contribuíram para elevar a
auto-estima do atleta, fortalecer seu espírito de luta e de vitória. Neste período, a América
tem mais campeões mundiais e
olímpicos do que antes.
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