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ORGANIZAÇÃO
Orçamento de obras aumenta em 24% e atinge US$ 221 milhões
Odepa pede economia, mas
aumenta gastos de Rio-07
DA REPORTAGEM LOCAL
A Organização Desportiva Pan-Americana pede austeridade, porém provocou um aumento de
24,2% no orçamento das obras e
equipamentos para o Rio-2007,
que passou de US$ 177,9 milhões
para US$ 221 milhões.
O valor representa os custos
com construções e reformas (US$
122 mi) e os gastos com equipamento e tecnologia (US$ 99 mi).
O cronograma físico e financeiro, elaborado pela Prefeitura do
Rio, pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pela Fundação Getúlio
Vargas, já foi aprovado pela Odepa. Os custos operacionais do
Pan-2007 estão estimados em
US$ 98 milhões.
Os gastos serão rateados entre a
prefeitura, o Estado, o governo federal e o comitê organizador.
De acordo com o secretário municipal de Esporte do Rio, Ruy Cézar, dois fatores causaram o aumento: o primeiro foi a decisão, a
conselho da Odepa, de construir
um novo estande de tiro, em vez
de reformar o já existente -havia
o perigo de, mesmo com as modificações, este não ser aprovado.
O segundo motivo foi o fato de o
custo de construção do estádio
olímpico ter ultrapassado os estimados US$ 60 milhões e atingido,
durante o período de licitação,
um valor que estaria entre US$ 75
milhões e US$ 85 milhões.
O discurso da Odepa, no entanto, é o de ""realizar Jogos modestos, com o fim de democratizar as
oportunidades entre os países".
""Como o Comitê Olímpico Internacional começa a fazer agora,
a Odepa sempre se preocupou
com os custos dos Jogos. Essa política permitiu que estes fossem
realizados em países como os
EUA, ou em menos desenvolvidos, como a República Dominicana", explicou o presidente da
Odepa, Mario Vázquez Raña.
Quando questionado sobre as
cifras mais adequadas, entretanto, o dirigente evitou fixar valores
que serviriam de parâmetro para
os custos de um Pan. Segundo ele,
""é difícil fazer comparações absolutas em termos de orçamento".
A seu ver, o montante destinado
aos Jogos em cada país depende
do desenvolvimento econômico-social de cada um deles, da força
de sua moeda, da infra-estrutura e
da possibilidade de sua comercialização, entre outros fatores.
O cronograma do comitê organizador do Pan-2007 prevê que a
construção da vila pan-americana
e do estádio olímpico tenha início
neste ano, com o lançamento da
pedra inaugural em novembro. É
um pedido da Odepa, que fará
uma reunião de seu comitê executivo no Rio à mesma época.
O edital de licitação do estádio
está pronto, mas aguarda a assinatura da governadora Rosinha
Garotinho em um aditamento.
Os planos do Rio são de aproveitar a infra-estrutura do Pan-2007 para os Jogos de 2012. ""Planejamos a infra-estrutura do Pan
para receber acréscimos. Assim, o
estádio olímpico terá capacidade
para 45.000 pessoas no Pan, mas
poderá receber até 60.000 durante
a Olimpíada", explica Cézar.
O município concorre com São
Paulo para representar o país. Este minimiza o fato de o Rio contar
com a estrutura do Pan-2007, argumentando que o COI prioriza
os benefícios que a cidade-sede
ganha com a realização de uma
edição da Olimpíada.
(EDUARDO OHATA E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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