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São Paulo, domingo, 04 de maio de 2003

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ORGANIZAÇÃO

Orçamento de obras aumenta em 24% e atinge US$ 221 milhões

Odepa pede economia, mas aumenta gastos de Rio-07

DA REPORTAGEM LOCAL

A Organização Desportiva Pan-Americana pede austeridade, porém provocou um aumento de 24,2% no orçamento das obras e equipamentos para o Rio-2007, que passou de US$ 177,9 milhões para US$ 221 milhões.
O valor representa os custos com construções e reformas (US$ 122 mi) e os gastos com equipamento e tecnologia (US$ 99 mi).
O cronograma físico e financeiro, elaborado pela Prefeitura do Rio, pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pela Fundação Getúlio Vargas, já foi aprovado pela Odepa. Os custos operacionais do Pan-2007 estão estimados em US$ 98 milhões.
Os gastos serão rateados entre a prefeitura, o Estado, o governo federal e o comitê organizador.
De acordo com o secretário municipal de Esporte do Rio, Ruy Cézar, dois fatores causaram o aumento: o primeiro foi a decisão, a conselho da Odepa, de construir um novo estande de tiro, em vez de reformar o já existente -havia o perigo de, mesmo com as modificações, este não ser aprovado.
O segundo motivo foi o fato de o custo de construção do estádio olímpico ter ultrapassado os estimados US$ 60 milhões e atingido, durante o período de licitação, um valor que estaria entre US$ 75 milhões e US$ 85 milhões.
O discurso da Odepa, no entanto, é o de ""realizar Jogos modestos, com o fim de democratizar as oportunidades entre os países".
""Como o Comitê Olímpico Internacional começa a fazer agora, a Odepa sempre se preocupou com os custos dos Jogos. Essa política permitiu que estes fossem realizados em países como os EUA, ou em menos desenvolvidos, como a República Dominicana", explicou o presidente da Odepa, Mario Vázquez Raña.
Quando questionado sobre as cifras mais adequadas, entretanto, o dirigente evitou fixar valores que serviriam de parâmetro para os custos de um Pan. Segundo ele, ""é difícil fazer comparações absolutas em termos de orçamento".
A seu ver, o montante destinado aos Jogos em cada país depende do desenvolvimento econômico-social de cada um deles, da força de sua moeda, da infra-estrutura e da possibilidade de sua comercialização, entre outros fatores.
O cronograma do comitê organizador do Pan-2007 prevê que a construção da vila pan-americana e do estádio olímpico tenha início neste ano, com o lançamento da pedra inaugural em novembro. É um pedido da Odepa, que fará uma reunião de seu comitê executivo no Rio à mesma época.
O edital de licitação do estádio está pronto, mas aguarda a assinatura da governadora Rosinha Garotinho em um aditamento.
Os planos do Rio são de aproveitar a infra-estrutura do Pan-2007 para os Jogos de 2012. ""Planejamos a infra-estrutura do Pan para receber acréscimos. Assim, o estádio olímpico terá capacidade para 45.000 pessoas no Pan, mas poderá receber até 60.000 durante a Olimpíada", explica Cézar.
O município concorre com São Paulo para representar o país. Este minimiza o fato de o Rio contar com a estrutura do Pan-2007, argumentando que o COI prioriza os benefícios que a cidade-sede ganha com a realização de uma edição da Olimpíada. (EDUARDO OHATA E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


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