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VÔLEI
Graças à renovação da seleção, formada por base juvenil, equipes já podem contar com as principais jogadoras do país
Clubes iniciam temporada com estrelas
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A forçada renovação da seleção
feminina feita após a debandada
de cinco titulares da equipe há
pouco mais de um mês deixou os
técnicos dos clubes brasileiros em
situação confortável e criou um
cenário estranho nas quadras no
início desta temporada.
Enquanto na Ásia o Brasil participava do Grand Prix (que terminou esta madrugada), com nomes desconhecidos como Sassá,
Luciana e Sheila, jogadoras consagradas como Virna, Érika e Fofão, que conquistaram a medalha
de bronze em Sydney-2000, disputam competições no país e participarão do trabalho de seus clubes desde o começo.
A ausência dessas atletas, que
muitas vezes só voltavam a suas
equipes para as finais dos Estaduais ou até mesmo para a Superliga, sempre foi motivo de reclamação dos treinadores.
"Normalmente, já nos preparamos para não termos as jogadoras
em boa parte do calendário", disse o técnico do BCN/Osasco, José
Roberto Guimarães, que, no entanto, aponta aspectos negativos
no fato de os times contarem hoje
com as principais atletas do país.
"Com a crise e a renovação da
seleção, podemos ter resultados
ruins internacionalmente. E é
desse desempenho que o vôlei
brasileiro depende. Além disso, as
jogadoras mais novas terão menos espaço para aparecer."
Em 2001, na Salompas Cup
-torneio amistoso que terá final
hoje, em Fortaleza- o BCN viu
despontar a atacante Renata Colombo. Com a ausência de Virna e
das campeãs mundiais juvenis
Paula e Jaqueline, ela foi o principal destaque do time. Depois, voltou à reserva. O desempenho, no
entanto, rendeu-lhe contrato com
o São Caetano para a temporada.
A equipe de Osasco continua
sendo a com maior número de titulares na seleção -Paula, Valeskinha e Arlene. Jaqueline foi cortada por contusão e Virna pediu
dispensa por motivos pessoais.
Já o MRV-Minas, campeão da
Superliga-2002, conta com toda
sua equipe principal neste início
de temporada. São do time mineiro duas das jogadoras que deixaram a seleção por causa de divergências com o técnico Marco Aurélio Motta, além de Elisângela,
cortada às vésperas do Grand Prix
por indisciplina. O MRV tem agora apenas uma de suas titulares na
Ásia, Marina Daloca -a oposto
Sheila é reserva de Elisângela.
Para a meio Walewska, bronze
em Sydney-2000, estar com o grupo desde o começo da temporada
aumenta a responsabilidade.
"Eu, a Raquel [atacante" e a Dani [líbero" não podemos deixar o
ritmo cair. Temos de tomar cuidado para não errar. Quanto mais
elas jogarem, mais entenderão
que não podem errar em certos
momentos", disse Walewska,
que, como Raquel, saiu da seleção
por problemas com o treinador.
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