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PINGUE-PONGUE
Atleta aprimora português para dar entrevistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Fora da neve, um dos
maiores projetos de Jhonatan Longhi é conhecer o país
que defende. Ele quase não
se lembra do Brasil, de onde
saiu com três anos de idade.
Ele acha "normal" o fato
de ser um dos poucos negros
de sua modalidade. O que
acha estranho é não conseguir falar sua língua natal.
Por isso, promete se aplicar
nas aulas de português, "para dar entrevista com mais
facilidade na próxima vez".
A seguir, trechos de sua
conversa com a Folha, numa
mistura de italiano, com um
inglês "macarrônico" e raras
palavras em português.
(LF)
Folha - Por que escolheu
competir pelo Brasil?
Jhonatan Longhi - Tenho o
sonho de levar a bandeira do
Brasil nas competições de
esqui. Apesar de não conhecer o país, tenho uma grande
identidade com ele.
Folha - O que acha de ser um
dos raros negros no esqui?
Longhi - Não acho nada demais. Conheci outro esquiador negro na Itália. Nunca
me senti perturbado por isso. O que me incomoda é
não falar bem o português.
Folha - E o que tem feito para melhorar isso?
Longhi - Comecei a ter aulas com uma brasileira que
vive perto da minha casa.
Tenho vontade de viajar ao
Brasil e conhecer São Paulo.
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