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Com Nenê expulso e Fábio Costa inspirado, Santos tem 2º empate
DA REPORTAGEM LOCAL
Atual campeão, o Santos colecionou ontem seu segundo empate em dois jogos pelo Campeonato Brasileiro. Jogando com um
atleta a menos a maioria do tempo, os santistas conseguiram sair
do Mineirão com 0 a 0 graças às
boas defesas de Fábio Costa.
A improvisação do técnico
Leão, colocando Nenê na meia e
deslocando Elano para a lateral
direita, não deu certo. Nenê saiu
expulso no primeiro tempo, e Elano saiu esgotado no segundo.
O confronto, que prometia por
reunir equipes de estilo técnico,
foi arrastado, com poucas chances de gol e só melhorou no final.
Além de muitos erros de passe,
o jogo começou bastante faltoso.
Nesse quesito, se destacou Nenê,
aposta de Leão para o meio-campo. Acostumado a jogar de atacante, ele não conseguia cumprir
a função de marcar o lateral-direito atleticano, Cicinho -que já tinha se destacado na vitória de 3 a
0 no Corinthians na estréia.
No primeiro lance, Nenê fez falta no rival e levou o cartão amarelo. No segundo, também. No terceiro, colocou a mão na bola e recebeu o vermelho.
Com um a menos em campo logo aos 26min, o Santos se retraiu
ainda mais e só saía em contra-ataques. Já o time mineiro aproveitou para pressionar.
Aos 31min, Cicinho cobrou forte uma falta, Fábio Costa espalmou, e o Atlético-MG desperdiçou o rebote. Aos 33min, outra
vez Cicinho foi o responsável por
um lance de gol, cruzando para
Lúcio Flávio cabecear.
Por seu lado, o Santos desaproveitava seus contragolpes, seja pelo individualismo de Ricardo Almeida ou por imprecisão nas assistências de Diego.
""Erramos muito os passes decisivos. Podíamos ter feito um ou
dois gols", reclamou no intervalo
Leão, que logo emendou: ""Pelo
menos, estamos anulando o jogador a mais deles com muito empenho na marcação".
No segundo tempo, o cenário se
repetiu. O Atlético-MG finalizava
muito, mas não acertava a pontaria, enquanto o Santos defendia e
contragolpeava. Aos 23min, Ricardo Oliveira teve a chance mais
clara de gol. Sozinho, bem na
frente de Velloso, chutou para a
defesa do veterano goleiro.
O técnico atleticano, Celso
Roth, colocou depois dois jogadores -Juninho e Paulinho- para
ganhar fôlego. Para ele, a partida
era um desafio a mais porque foi o
antecessor de Leão na Vila Belmiro de Diego e Robinho.
Já o treinador santista preferia
passar a instrução de desacelerar
o jogo, apelando até para a cera.
Quem parou de vez foi Elano,
meia adaptado para a lateral. Cansado com o ritmo de fundista da
posição, ele saiu aos 30min totalmente exaurido. Entrou Michel,
especialista da função, que não
vem agradando o treinador.
Aos 39min, os atleticanos tiveram sua melhor chance com Guilherme, após Fábio Costa soltar a
bola na grande área. Primeiro, ele
chutou sobre o goleiro. Depois,
mandou a bola sobre o travessão.
No final, o time da casa era só
pressão, e o goleiro santista faz várias defesas difíceis. ""Mostrei que
tenho plenas condições de alcançar a seleção", arriscou-se a dizer
Fábio Costa. O time vinha de um
empate em 2 a 2 com o Paraná e
pega, na quarta, o Paysandu.
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