São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2011

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Brasil acha que sofre perseguição

SUB-20
Lista de reclamações vai de arbitragem a casos de racismo

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A AREQUIPA

O Brasil tem o time mais badalado do Sul-Americano sub-20, Neymar é a única grande estrela do torneio e o país é, de longe, quem mais atrai patrocinadores.
Apesar de tudo isso, a seleção brasileira tem muito a reclamar da Conmebol, organizadora do torneio que dá duas vagas na Olimpíada-12.
Desde que chegou ao Peru, há quase um mês, o Brasil já teve que dividir concentração com rival, fazer viagens indesejadas e ver um de seus atletas ser vítima de racismo.
A seleção ainda teve que jogar a primeira fase e a fase final em altitudes diferentes.
Na noite de domingo, a CBF ganhou outro motivo para reclamar: a arbitragem.
O técnico Ney Franco e Neymar reclamaram muito do juiz colombiano Wilmar Roldan, que apitou a derrota por 2 a 1 para a Argentina.
"Toda falta nossa era cartão amarelo, enquanto os argentinos bateram pra caramba. O rigor foi só para o nosso lado", acusou Franco.
"Já são dois jogos seguidos em que a arbitragem ajuda a Argentina", afirmou o técnico, em referência à partida anterior em que os argentinos venceram o Chile depois de um pênalti polêmico.
Neymar reclamou de ter levado cartão amarelo -o segundo, que o impede de enfrentar o Equador amanhã, em jogo crucial para o time.
"É tudo contra o Neymar", disse, usando a terceira pessoa. "O cara me empurrou, tomei o amarelo. O juiz ajudou os caras", acusou.
Mas esse é só o mais novo de uma longa lista de problemas enfrentados no Peru.
Na cidade de Tacna, onde o Brasil ficou durante a primeira fase, teve que dividir o hotel e o campo de treino com a seleção paraguaia.
Precisou também fazer uma desgastante viagem até Moquegua, para enfrentar a Bolívia. Lá, o atacante Diego Maurício sofreu insultos racistas por torcedores locais.
A CBF reclamou, e a Conmebol agiu discretamente: com faixas e avisos em alto- -falantes, pedia que a torcida não insultasse os atletas.
O Brasil tem que lidar ainda com o fato de seus grandes rivais (Uruguai e Argentina) estarem em Arequipa desde o início do torneio, portanto mais adaptados ao frio e à altitude de 2.335 m.
A única vantagem do Brasil no Peru é sempre jogar por último em cada rodada do hexagonal final, já sabendo os resultados dos rivais.

BRASIL 1
Gabriel; Danilo , Bruno Uvini (Saimon), Juan e Alex Sandro ; Fernando, Casemiro, Lucas, Oscar (Romário) e Neymar ; Willian José (Diego Maurício).
T.: Ney Franco

ARGENTINA 2
Andrada, Pezzella, Tagliafico , Martinez, Nervo; Zuculini (Cirigliano), Gonzalez, Battaglia, Rodriguez; Funes Mori (Ferreyra) e Iturbe (Diaz).
T.: Walter Perazzo

Estádio: Monumental, em Arequipa/ Árbitro: Walter Roldán (COL)/Gols: F. Mori, aos 7min do 1º tempo; Willian José, aos 9min, e Iturbe, aos 22min do 2º tempo.


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