|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Japoneses são maioria fora de campo também
DA SUCURSAL DO RIO
Os semblantes orientais
que dominam o beisebol
brasileiro não ficam restritos
a arremessadores, receptores e rebatedores. Fora do
campo, os "cartolas" também têm laços com o Japão.
São nisseis os presidentes
da Confederação Brasileira
de Beisebol e Softbol, Jorge
Otsuka, e da Associação de
Árbitros e Anotadores de
Beisebol, Jorge Higaki.
Até a comissão técnica faz
a seleção parecer japonesa.
Dos três treinadores, apenas
um não tem olhos puxados.
Mas não é brasileiro. É o técnico dos arremessadores,
importado de Cuba, país
com tradição no esporte.
O Brasil tem 5.000 atletas
associados à confederação.
Cerca de 75% deles são descendentes de japoneses.
Quem apita as partidas se
sente em casa. Dos 250 juízes
brasileiros -cada jogo exige
quatro-, só 15 não vêm de
famílias imigrantes. "A
maioria dos árbitros começou como pai de jogador. É o
meu caso", diz o presidente
da associação dos juízes.
Higaki é um dos poucos
brasileiros gabaritados para
atuar como árbitro principal, o que fica atrás do receptor e do rebatedor. Como a
bola pode ser arremessada a
150 km/ h, esse juiz só pode
entrar em campo protegido
com colete e capacete.
Acompanhando a distribuição da comunidade japonesa pelo Brasil, boa parte
das 200 equipes de beisebol
está no Estado de São Paulo.
Dos 20 atletas da seleção que
vai aos Jogos Pan-Americanos, 19 são paulistas.
Os praticantes atribuem o
pequeno alcance do esporte
ao desinteresse de patrocinadores e ao elevado custo
do material, que precisa ser
importado. A luva do receptor, por exemplo, chega a
custar US$ 400.
(RW)
Texto Anterior: Equipe jogará desfalcada no Pan Próximo Texto: Panorâmica - Basquete: Americana abre 2 a 0 e pode ser campeão hoje Índice
|