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"Amor à pátria"
mantém esporte
na menor cidade
DA ENVIADA A DIAMANTE DO NORTE
É nas quadras dos únicos
dois colégios da cidade que os
professores de educação física
de Diamante do Norte tentam
incentivar os alunos a seguir os
passos do conterrâneo famoso.
Escadinha, líbero da seleção
de vôlei, mudou-se do Paraná
ainda no colo da mãe e nunca
mais voltou. Mas fez de Diamante a menor cidade do país a
colocar um atleta em Atenas.
Se visitar sua terra natal hoje,
Escadinha verá os 5.365 habitantes usufruindo de uma estrutura muito parecida com a
de 1975, ano em que nasceu.
A cidade ganhou um ginásio
na década de 80, mas a quadra
tem sido usada apenas durante
as competições regionais.
"Continuamos por amor à
pátria. E, pela estrutura que temos, até conseguimos bons resultados", conta Wladimir Tadeu Montean, professor da Escola Estadual Reinaldo Massi.
Diamante do Norte vive da
agricultura e da pecuária. Na
cidade, as atividades giram em
torno da prefeitura e do pequeno comércio -há dois postos
de gasolina e dois bancos.
Nos anos 90, o município
cresceu com a construção das
barragens nos rios Paraná e Paranapanema. Quando acabaram as obras, as pessoas e o dinheiro foram embora.
Deixar Diamante do Norte é
a escolha de muitas famílias,
como a de Escadinha. O município ostenta o oitavo pior
IDH-M dentre os 98 do país
que levarão atletas a Atenas.
"Muitos meninos também
saem com a esperança de serem atletas. Se a gente vê algum
talento, tenta orientar, mas
muitas vezes falta oportunidade", afirma Montean, que fez o
caminho inverso e deixou Londrina para morar em Diamante
do Norte.
(MARIANA LAJOLO)
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