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AUTOMOBILISMO
Bisneto de alemão, piloto de dragster vence principal etapa do calendário, coleciona recordes e busca bi
EUA também festejam um Schumacher
FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na última semana, ele venceu a
corrida de maior tradição no
campeonato. Um dos pilotos
mais bem pagos da categoria, foi
destaque nos jornais e TVs do
país. Os EUA passaram os últimos dias festejando Schumacher.
O seu próprio Schumacher, que
fique entendido. Não confunda.
Anthony Schumacher, 32, nasceu em Canoga Park, no Estado
da Califórnia. Cresceu em Park
Ridge, em Illinois. Seguindo os
passos do pai, Don, que também
foi piloto e hoje trabalha em sua
equipe, corre de dragsters.
E, há duas temporadas, é patrocinado pelo Exército dos EUA.
Mais americano, seria impossível.
Disputando a categoria Top
Fuel, a mais potente de seu esporte, ele ganhou no dia 2 a etapa de
Indianápolis, a mais prestigiosa
de todo o calendário. Parte, agora,
para a conquista de seu segundo
título do "Mundial" de dragsters.
Conta, para isso, com a torcida
de seus fãs. Uma legião inferior,
apenas, às dos pilotos da Nascar, a
liga americana de stock cars.
"No autódromo, 170 mil pessoas viram minha vitória no final
de semana. Além disso, a TV
mostra ao vivo as 23 etapas do
campeonato", disse à Folha, por
telefone, Anthony. Ou Tony, como é conhecido desde a infância.
Ou "The Sarge", corruptela, na
língua inglesa, para "sargento",
apelido promocional que adotou
ao assinar o contrato de patrocínio com o Exército dos EUA.
O piloto americano evita comparações com o pentacampeão da
F-1. Mas é difícil fugir delas. As
coincidências não ficam apenas
no sobrenome, na profissão, na
popularidade. Como Michael,
Tony nasceu em 1969. É um "sujeito família". E tem fortes ligações com a Alemanha e a Itália.
"Meu bisavô era alemão. A família da minha mãe é originária
da Itália", disse. "Mas não acho
que eu tenha qualquer parentesco
com os Schumacher da F-1. Esse
sobrenome é comum na Alemanha. De qualquer forma, sou fã
dos dois, do Michael e do Ralf."
Segundo ele, é complicado
comparar dragsters com F-1.
"Eu amo F-1, mas não dá para
fazer comparações. No dragster,
cada prova dura quatro segundos.
Nesse tempo, você ganha ou perde. Se você comete um erro, a corrida acabou. Um GP de F-1 dura
uma hora e meia, há tempo para
corrigir erros", afirmou.
"Não sei se o Michael conseguiria pilotar dragsters. E também
não sei se eu poderia correr num
carro de F-1", concluiu o piloto.
A exemplo de Michael, Tony
também coleciona recordes. O
principal deles: desde o ano passado, detém o recorde de velocidade para dragsters, 536 km/h,
obtido em Reading, Pensilvânia.
Em 1999, ano do primeiro título,
tornou-se o primeiro homem a
superar as 330 milhas por hora
(531 km/h) com um dragster.
Faltando seis provas para o fim
do campeonato, Tony tem 1.066
pontos, 447 a menos que o líder,
Larry Dixon Jr. -um piloto pode
levar até 124 pontos por etapa.
A tarefa pode parecer complicada. Mas ele é um Schumacher.
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