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BASQUETE
Feitos de Dirk Nowitzki no Mundial viram trunfo de federação alemã
Cestinha alemão lidera time e país
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
De volta ao Mundial após uma
decepcionante estréia na edição
de Toronto (Canadá), em 1994,
quando ficou na 12ª colocação, a
Alemanha apostou em uma equipe "globalizada" comandada pelo
ala Dirk Nowitzki, que atua na
NBA pelo Dallas Mavericks.
Além da boa campanha (se classificou para as semifinais do
Mundial de Indianápolis e ontem
enfrentaria a Argentina), a seleção
alemã também emplacou um dos
destaques individuais do torneio.
Até a rodada que definiu os semifinalistas, Nowitzki, 24, estava
com média de 23,3 pontos e sete
rebotes defensivos por partida.
Além de cestinha do campeonato,
Nowitzki é também o segundo reboteiro defensivo da competição.
Estrela da equipe, o ala sabe que
carrega nas costas a obrigação de
conduzir sua equipe. "Somos um
time jovem [a equipe tem média
de idade de 25,6 anos" e vamos
tentar ir tão longe quanto possível", afirmou o jogador à Folha.
Entre os companheiros de time
do ala, figuram jogadores com
nomes típicos alemães, como Jorg
Lutcke e Henrik Rodl, e descendentes de imigrantes.
Pascar Roller e Robert Maras
são de ascedência francesa, Mithat Demirel, romena, e Stephen
Arigbabu, Misan Nikagbatse e
Ademola Okulaja, africana.
Além disso, o armador Marko
Pesic é iugoslavo. Vendo que não
teria muito espaço na seleção de
seu país natal, acabou optando
pela naturalização.
Há um mês, a participação de
Nowitzki no Mundial esteve
ameaçada. Ele operou o tornozelo
após a temporada da NBA.
Para liberar seu principal jogador para a Alemanha, o folclórico
Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks, exigiu um seguro alto.
A federação alemã teve que desembolsar cerca de US$ 200 mil
para poder contar com Nowitzki.
Sem condições de arcar com a
apólice de seu outro jogador da
NBA, o pivô Shawn Bradley, também do Dallas, a federação alemã
obrigou o técnico Henrik Dettmann a cortá-lo do elenco. Com
isso, a missão de Nowitzki tornou-se ainda mais espinhosa.
Além de liderar o time no Mundial, Nowitzki tornou-se o principal trunfo da federação alemã para desenvolver o basquete no país.
Em sua última participação oficial pela Alemanha antes do Mundial, no Europeu, o ala foi o cestinha, com média de 28,7 pontos
por jogo. Porém não levou seu time ao pódio -perdeu o bronze
para a Espanha, rival derrotado
na disputa por uma vaga nas semifinais da competição nos EUA.
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