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Agressores dizem que Leão iniciou confusão
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
Três agressores do ex-técnico do Santos Emerson Leão
afirmaram anteontem, em depoimento à polícia, que agiram
para evitar uma "injustiça" sofrida por um "conhecido de vista". Eles afirmaram também
que a ação não foi premeditada.
A versão de Higor Kamilo
Mendes Chagas, 19, Guilherme
Jorge da Silva, 25, e Luiz Felipe
Dias de Souza, 18, é de que entraram em confronto com o
treinador para "auxiliar" o ex-segurança do Santos Marco
Antônio Castelo [Castelão],
que estava sendo agredido por
Leão, seu advogado, e mais três
seguranças do clube. Um dos
acusados disse ser membro de
uma torcida organizada santista. Os outros dois disseram já
terem feito parte da torcida.
Higor Chagas, identificado
como a pessoa que arremessou
uma barra de ferro contra o ex-técnico santista, afirmou que
usava o objeto para se defender
e que não pretendia agredir
ninguém. "Inquirido sobre o fato de aparecer nas imagens supostamente jogando o objeto
em direção à vítima, ele alegou
que apenas teve a intenção de
se desfazer do objeto. Que, por
ser muito pesado, foi jogado para a frente, em direção ao solo",
consta no relatório feito pelo 3º
Distrito Policial de Santos.
Como disseram à polícia que
também foram agredidos, os
acusados também passaram
por exame de corpo de delito.
Eles indicaram à polícial o nome de mais um suposto envolvido na agressão.
Apontado por Leão como o
mentor da confusão, Castelo
será ouvido amanhã. Um menor de idade, que estava presente no momento da agressão,
foi quem revelou à polícia o nome das pessoas que aparecem
nas imagens gravadas pelo circuito interno de tv do Santos.
A polícia ouviu também Ronaldo Rapini dos Santos, 21,
que negou participação na ação
e disse apenas ter tentado "separar a briga". Ele afirmou também que Leão se machucou
porque caiu após ser empurrado pelo próprio advogado.
Os acusados devem ser indiciados por lesão corporal dolosa e podem ser condenados à
pena de reclusão de três meses
a um ano. Segundo João Milhan Gonçalves, delegado do 2º
Distrito Policial de Santos
-onde o boletim de ocorrência
da agressão foi registrado-, casos como estes costumam ter a
pena comutada em prestação
de serviços à comunidade.
O inquérito deve ser encerrado na semana que vem.
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