São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2011

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Rogério completa mil jogos, ganha homenagens, afagos e a vitória do São Paulo, que rendeu ao time a liderança do Nacional

São Paulo 2
Lucas, a 1min do 1º tempo, e Dagoberto, aos 7min do 2º tempo

Atlético-MG 1
Réver, aos 11min do 1º tempo

RAFAEL REIS
RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

O Morumbi realmente viveu uma tarde fora do comum no feriado de 7 de setembro.
Estádio lotado, com recorde de público na temporada, milhares de bandeiras, fogos de artifício, inúmeras homenagens a Rogério e uma vitória do São Paulo em casa.
Foi o segundo triunfo do time em sete jogos como mandante sob o comando de Adilson Batista no Brasileiro.
Suficiente para colocar a equipe provisoriamente na primeira posição do campeonato -tem um ponto a mais do que o Corinthians, que joga contra o Flamengo hoje.
Foi o complemento da celebração da marca histórica de seu goleiro e capitão.
Rogério, 38, completou ontem 21 anos de sua chegada ao São Paulo e mil partidas pelo clube. No futebol brasileiro, apenas dois jogadores tiveram feitos semelhantes.
Pelé, o maior da história do futebol, atuou 1.114 vezes pelo Santos, e Roberto Dinamite fez 1.065 partidas no Vasco, clube que hoje preside.
Com contrato até o fim de 2012, Rogério ainda não definiu se irá se aposentar ou estender um pouco mais a carreira para tentar novas marcas. Segundo o goleiro, a decisão será tomada no segundo semestre do próximo ano, em "setembro ou outubro".
Protagonista da festa pré e pós-jogo, o arqueiro virou coadjuvante enquanto a bola rolou. Ignorou os pedidos da torcida para cobrar faltas -é o goleiro recordista de gols (103) no mundo- e foi vazado na única oportunidade real criada pelo Atlético-MG.
Do campo, viu Adilson ser saudado com uma chuva de vaias antes mesmo do apito inicial, mostra que a boa campanha do São Paulo não tem sido suficiente para os torcedores aprovarem o treinador.
E seus companheiros abrirem o placar com menos de um minuto de jogo. Com 25 segundos, a defesa mineira tentou afastar para a lateral, mas acertou Casemiro. A bola sobrou para Lucas, que tocou na saída do goleiro.
Mas o gol foi um acidente. E isso ficou claro na sequência da partida. Com Wellington improvisado na lateral direita e Cícero desaparecido no meio de campo, o time se mostrou outra vez desorganizado e apático no Morumbi.
O empate do Atlético-MG saiu rápido. Após cobrança de escanteio, Réver subiu mais alto do que os adversários e cabeceou para o gol.
No intervalo, a torcida, irritada com o desempenho da equipe, manteve a tradição de reclamar de Adilson e pedir a entrada de Rivaldo.
Mas o veterano camisa 10 só entrou depois que Dagoberto, em bonita jogada individual, chutou de fora da área e decretou a vitória. Na comemoração, deu um forte abraço em seu treinador.
No fim, mais abraços: jogadores cumprimentaram Rogério. Afinal, era ele o protagonista da tarde incomum.


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