DA REPORTAGEM LOCAL

Ele tem só 22 anos, mas já cansou de ser campeão. O que muitos atletas perseguiram ou perseguem durante a carreira, os títulos, o lateral Kléber alcançou com quatro anos de carreira profissional. Desde 1998, o jogador, apontado pelo técnico Carlos Alberto Parreira como "um dos candidatos" a titular da lateral esquerda da seleção, ergueu sete troféus.
Dois deles, os Brasileiros de 1998 e 1999. Por isso, o corintiano pode se tornar o mais jovem tricampeão do torneio Nacional. O atual detentor da marca é o zagueiro Antonio Carlos, que conquistou seu terceiro Nacional com o Palmeiras, em 1994, aos 25 anos.
"Eu tive sorte. Caí no time certo, na hora certa", diz Kléber, referindo-se ao estrelado grupo corintiano em 1998 e 1999, que contava, entre outros, com Marcelinho e Rincón, espécie de mentor do atleta. "Aprendi muito com ele."
"Aquele grupo foi fundamental para o meu crescimento", afirmou o atleta, lançado na equipe principal pelo técnico Wanderley Luxemburgo.
Quem descobriu o lateral para o futebol foi o lendário Geraldão, ex-centroavante corintiano dos anos 70, que à época era treinador dos juniores.
Começou na categoria dentinho atuando na meia, jogou até de zagueiro, e, em 1995, o então técnico do infantil, Lourival Santos, achou que ele levava jeito para a lateral. Acertou.
Palavra de Parreira. "O Kléber é completo, inteligente, sabe atacar e defender."
O "professor" tem razão. Segundo o Datafolha, ele é o jogador mais acionado do Brasileiro, com 55 bolas recebidas por partida. Suas assistências já resultaram em sete gols corintianos no Nacional-2002.
Seu sonho: jogar na Europa e ocupar o lugar que hoje é de Roberto Carlos. Por isso, diz que ainda lhe falta um título. "O meu objetivo é me firmar na seleção e ser campeão do mundo como o Roberto Carlos."
Enquanto espera o "momento certo", está na expectativa de realizar outros dois desejos: o de vencer novamente o Brasileiro e o de ser pai. A mulher de Kléber, Cintia, está grávida há quatro meses. (EAR E RBU)


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