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Titulares do Corinthians conquistaram quase sete vezes mais troféus que os atletas que fazem o time-base do Santos
Corintianos dão lição de título a santistas
EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles são jovens, talentosos e...
vencedores. Eles também são jovens, talentosos e... querem vencer. Sem contar diferenças técnicas e táticas, corintianos e santistas, que começam a decidir hoje o
Brasileiro-2002, são separados
pela enorme diferença de títulos
conquistados por seus jogadores.
Os 11 corintianos que estarão
em campo hoje, no Morumbi, já
sentiram o sabor de serem campeões pelo menos duas vezes.
Somados, contam 44 conquistas
de todos os tipos -estadual, regional, nacional e internacional.
Do time-base santista deste Brasileiro, apenas dois jogadores já tiveram o gostinho de levantar troféus. O goleiro Fábio Costa, em
cinco oportunidades, sempre pelo Vitória, e o atacante Alberto,
por três vezes, uma delas pelo Palmeiras -a Copa dos Campeões
em julho de 2000.
Além deles, o meia Robert, que
atualmente é reserva no Santos,
venceu quatro campeonatos.
Só o volante corintiano Vampeta, que desfalca o Corinthians hoje, tem quase mais triunfos que
todo o grupo santista reunido.
São 11 títulos conquistados, entre
eles o Mundial de Clubes da Fifa,
em janeiro de 2000, além de dois
Nacionais (1998 e 1999), os três
pelo clube do Parque São Jorge.
No grupo corintiano, alguns jogadores consagrados, como o lateral-direito Rogério (sete títulos)
e o atacante Guilherme (oito),
possuem entre suas conquistas a
cobiçada Taça Libertadores da
América, mas não sabem ainda o
que é vencer um Nacional.
Os dois já passaram raspando.
Rogério foi vice-campeão em
1997, pelo Palmeiras. Guilherme
perdeu a final da edição de 1999,
exatamente para o Corinthians.
Pelo Santos, ninguém do atual
elenco teve o gostinho de erguer a
taça de campeão do Brasileiro.
"Eu sei bem qual é a dimensão
desse título para o Santos. Afinal,
sou torcedor do time, e o último
título comemorei quando tinha
nove anos", declarou Alberto, referindo-se à conquista do Paulista
de 1984 pelo time do litoral, última glória de peso do clube, justamente em cima do rival de hoje.
É verdade que alguns santistas,
como o zagueiro Alex e o atacante
Robinho, disputam agora a primeira competição profissional.
"O Robinho está vivendo o início de um apogeu. Ele ainda não é
um homem, sua personalidade
está em formação. Pode ainda
conseguir muitas glórias", diz o
técnico Leão, que conquistou o
Brasileiro de 1987 pelo Sport.
Para o técnico Parreira, o fato de
o adversário não ser um papão de
títulos pode ser favorável ao time
corintiano. "Vai depender de como eles irão lidar com isso [a fila".
Serão duas decisões. Se eles vierem com volúpia para cima da
gente e perderem direi que, com a
vantagem, teremos 95% de chance de conquistar o título", afirmou ele, que não acredita que o
Santos irá "tremer" nas finais.
"Eles eliminaram dois grandes
times [São Paulo e Grêmio" e têm
tudo para jogar a final sem tremer. O Santos tem sido a grande
equipe do Brasileiro, tem jogado
um grande futebol", acrescentou.
"Mas o meu trabalho fica muito
facilitado. Trabalhamos aqui no
Corinthians com jogadores acostumados a serem campeões",
completou o técnico corintiano.
Para o goleiro Doni, enfrentar o
Corinthians em decisões é uma
tarefa bem indigesta. "Jogar contra o Corinthians é complicado.
Eu já joguei contra em final [pelo
Botafogo-SP no Paulista-2001".
Graças a Deus estou do lado de cá
agora. Todo mundo quer vir para
cá. Afinal, o time ganha tudo",
disse o camisa 1 corintiano, que
conquistou no primeiro semestre
deste ano, na reserva de Dida, o
Rio-SP e a Copa do Brasil.
Colaborou Rodrigo Bertolotto,
enviado especial a Santos
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