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MEMÓRIA
Dirigentes com problemas levam título desde 97
DA REPORTAGEM LOCAL
A taça de campeão brasileiro acaba na sala de troféus
de clubes comandados por
cartolas envolvidos em escândalos desde 1997.
Quando ainda era vice-presidente de futebol do
Vasco, mas mandava de fato
no clube, Eurico Miranda
ganhou o Nacional de 1997 e
2000. O também deputado
federal foi um dos principais
alvos das CPIs instaladas no
Congresso, principalmente a
realizada no Senado.
O relatório final da comissão acusou Eurico de crimes
financeiros, apropriação indébita e falsidade ideológica.
Depois que o dirigente assumiu a presidência do clube, logo após a conquista do
Campeonato Brasileiro-2000, o Vasco não obteve
mais títulos importantes.
Assim, não conseguiu se
reeleger para um novo mandato -teve nas últimas eleições cerca de um quarto dos
votos recebidos no pleito de
1998 e não conseguiu nem
uma vaga de suplente.
Nas edições de 1998, 1999 e
2001 saíram vitoriosos dois
dirigentes envolvidos no escândalo da arbitragem revelado em 1997.
O corintiano Alberto Dualib, que busca agora seu terceiro título nacional, e Mario
Celso Petraglia, homem-forte do Atlético-PR, o último
campeão brasileiro, foram
acusados de terem dado dinheiro a Ivens Mendes, então chefe da arbitragem, para que seus clubes fossem favorecidos pelos juízes.
Os dois chegaram a receber punições da Justiça desportiva, mas logo voltaram
ao comando de seus clubes.
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