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GRUPO C/ ONTEM
Ajudada pela China, equipe faz blitz de marcação, joga pelos dois lados e lança
Contra o "vento", brasileiros esboçam esquema de Scolari
DOS ENVIADOS A SEOGWIPO
A seleção brasileira precisou de
dois jogos para colocar em prática
o que tem ensaiado com o técnico
Luiz Felipe Scolari desde o início
de sua preparação para a Copa.
Ainda assim, esse trabalho ficou
facilitado pela fraca atuação da
China, que, estreante em Mundiais, já havia perdido de 2 a 0 da
Costa Rica na primeira partida.
As blitze de marcação, por
exemplo, nem requereram tanto
empenho, já que o rival errava
com frequência na saída de bola.
Além desse esquema de marcação total, funcionaram os ataques
pelas duas laterais do campo.
Tanto no primeiro tempo quanto no segundo, a equipe usou os
dois lados e não se concentrou em
só um deles em cada período, como ocorreu na partida anterior.
O total de lances desse tipo também cresceu, de 14 na estréia para
17 ontem, segundo o Datafolha.
Dos quatro gols brasileiros, dois
aconteceram por meio de jogadas
pelas laterais: o quarto, a partir de
avanço de Cafu pela direita, e o segundo, depois de um cruzamento
de Ronaldinho da esquerda.
Outro fundamento em que a seleção se destacou foi o passe longo, ao recorrer com eficiência aos
lançamentos e viradas de jogo.
Foram 15 ontem (8 certos), contra
9 contra a Turquia (3 certos).
O lance do quarto gol começou
com um lançamento em profundidade de Rivaldo para Cafu.
Melhorou também o entrosamento entre os três principais jogadores do time nacional: o chamado trio de erres formado por
Ronaldinho, Ronaldo e Rivaldo.
No segundo gol, o cruzamento
de Ronaldinho foi para Rivaldo
marcar. Mais do que isso aconteceu no tento seguinte, no qual o
pênalti surgiu depois de uma tabela entre Ronaldinho e Ronaldo.
O principal fator para que esse
entrosamento progredisse veio
com a melhora na atuação de Ronaldinho, que havia tido uma performance apagada na estréia.
Apesar disso, o treinador brasileiro preferiu sacar o meia-atacante no intervalo e colocar Denílson, o que acabou por diminuir
o ritmo da equipe na etapa final.
O que voltou a não funcionar
bem foi o trabalho da defesa. Contra um adversário fraco, o Brasil
chegou a ver uma bola acertar sua
trave. No início e no final do confronto, sofreu pressão da China.
Isso aconteceu mesmo com a
substituição de Edmilson, cuja
atuação na estréia não agradou,
por Anderson Polga, para cumprir a função de líbero no esquema tático com três zagueiros.
A atuação individual do novo titular se sobressaiu em relação à de
Edmilson na partida anterior.
Anderson Polga conseguiu quase o mesmo número de desarmes
(18 contra 19), mas registrou um
melhor aproveitamento nos passes -90,2% contra 81,3%.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO
BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)
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