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GRUPO D/ AMANHÃ
EUA e Coréia podem obter vaga às oitavas hoje, em caso de vitória
Azarões jogam por feito inédito
DO ENVIADO A SEUL
Se é a política que dominará as
discussões fora de campo no duelo entre Coréia do Sul e EUA, dentro dele o que se verá é o confronto entre duas das maiores sensações da Copa do Mundo até aqui.
São dois times que fizeram barulho na estréia. Enquanto os sul-coreanos conseguiram sua primeira vitória em Mundiais ao bater a Polônia, os americanos bateram os favoritos portugueses.
Na rodada que começa na madrugada de amanhã, um dos dois
pode alcançar um feito inédito
-o vencedor do duelo tem chance de terminar o dia com a classificação garantida, dependendo do
resultado de Portugal x Polônia,
que jogam na mesma rodada.
Os sul-coreanos jamais avançaram para a segunda fase de uma
Copa. E os americanos nunca
conseguiram fazê-lo em uma edição fora de seu continente.
Um e outro põem em campo
uma qualidade comum: o preparo físico, fundamental para alcançar as vitórias que conseguiram
na primeira rodada do Mundial.
"Claramente, a força deles vem
da forma física e do ritmo de jogo
que impõem", diz o técnico norte-americano, Bruce Arena.
Do lado dos EUA, a aposta é no
jogo aéreo do atacante Brian
McBride, o melhor jogador na vitória sobre Portugal. Quem deve
marcá-lo na partida em Daegu é o
zagueiro Choi Jin-cheul.
"Comparados com a Polônia,
cujas opções de ataque eram simples, os EUA têm variedade
maior. Mas farei o melhor para
competir", afirma Jin-cheul.
Em Daegu, no maior dos estádios sul-coreanos, o que certamente pesará a favor dos locais
será sua torcida. Uma vantagem
que os americanos dizem que poderá ter efeito contrário. "A pressão é maior neles do que em nós",
afirma o atacante Moore.
O que preocupa as duas equipes
da mesma forma é o calor, já que
o jogo será na tarde da Coréia.
Os donos da casa podem ter
dois desfalques: o meia Yoo Sang-chul e o atacante Hwang Sun-hong, que estão contundidos.
"Eles podem não jogar. Estamos
nos preparando para o caso de
termos de ir a campo sem os
dois", afirmou o treinador da Coréia do Sul, Guus Hiddink.
Hiddink, aliás, virou um mito
no país após a primeira rodada.
Mas ele tenta evitar a empolgação.
"Eu não gosto de falar de heroísmo. Os jogadores são sempre o
mais importante."
(ROBERTO DIAS)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 3h30 de segunda
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