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JOSÉ GERALDO COUTO
Denílson apagado, Ronaldinho tolhido
Juro que não consigo entender a lógica de Scolari. Antes da Copa, ele previu que
Ronaldinho poderia ser um dos
astros da competição. Mas, às
vezes, parece querer impedir
que isso aconteça.
No jogo de ontem, quando o
jogador se destacava em campo,
tendo participado dos três gols
do primeiro tempo, e tinha tudo
para se consagrar no segundo, o
treinador sacou-o de campo, colocando Denílson em seu lugar.
Além de desestimular Ronaldinho, a mudança abortou o bom
entrosamento que se esboçava
entre o craque gaúcho, o outro
Ronaldo, Rivaldo e Roberto
Carlos. Se alguém estava fora
do lugar ali, era Juninho.
Outra coisa difícil de entender
foi a atuação de Denílson. Triste, com o freio puxado, o atacante não foi nem sombra do
que vinha sendo nos jogos anteriores. Terá sido "enquadrado"
por Scolari ou pelos próprios
companheiros?
De resto, a goleada sobre a
China trouxe a repetição de algumas deficiências -a frouxidão da marcação por pressão, a
indefinição dos papéis de cada
um dos três zagueiros, o isolamento de Cafu na direita-,
mas também algumas visíveis
melhoras.
Os dois alas participaram
bem do ataque, o meio-de-campo tocou mais a bola (sobretudo
depois da entrada de Ricardinho), esboçou-se um maior entrosamento. Tranquilizada pela virtual classificação, a equipe
pode usar o jogo contra a Costa
Rica para reforçar essa evolução e corrigir as falhas.
jgcouto@uol.com.br
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