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Luis Fabiano acaba com a má fase do ataque da seleção
Após várias experiências de Dunga, jogador do Sevilla está perto de assegurar a camisa 9 do time nas eliminatórias
Com 4 gols no campeonato, atacante vira solução após o treinador ter apostado em jogadores mais leves, como Pato, Sóbis, Love e Nilmar
DO ENVIADO AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
Ele é forte, alto e finaliza com
precisão. Artilheiro do time nacional nas eliminatórias, Luis
Fabiano mantém a tradição de
atacantes ""tanques" na seleção.
Assim como Ronaldo e
Adriano, que usavam o corpanzil e seus chutes fortes para fazer a diferença, o jogador do Sevilha quer seguir o mesmo caminho dos seus antecessores e
conseguir em definitivo ""a camisa 9 da seleção" na partida
contra a Bolívia, hoje à noite.
""Estou trabalhando duro para ser o dono da camisa 9. É
sempre difícil pela qualidades
dos meus concorrentes. O bom
é que estou dando conta do recado, mas tenho que fazer mais
gols para me firmar", disse Luis
Fabiano, autor de dois dos três
gols na vitória diante dos chilenos, no domingo, em Santiago,
resultado que aliviou a pressão
sobre o time e o técnico Dunga.
Da mesma altura de Ronaldo
(1,83m), Luis Fabiano foi a saída encontrada pelo técnico
Dunga para acabar com a má
fase do ataque da seleção. Antes, o treinador havia apostado
em jogadores mais leves e rápidos, como Alexandre Pato, Rafael Sóbis, Vágner Love e Nilmar. Eles não tiveram o mesmo
sucesso de Luis Fabiano.
Nos Jogos de Pequim, Pato e
Sóbis só marcaram um gol cada
um. Jô, que foi titular apenas na
disputa da medalha de bronze,
fez dois no mesmo jogo, diante
da Bélgica. O mais alto (1,86 m)
dos atacantes na China, o ex-corintiano ganhou dez quilos
de massa muscular nos anos
que jogou no CSKA, da Rússia.
Ele se transferiu recentemente
para o Mancheter City, mesmo
time do atacante Robinho.
""A força sempre é importante em partidas difíceis. Consigo
usar bastante o meu físico em
campo para me ajudar", afirmou Luis Fabiano, vice-artilheiro do Campeonato Espanhol na última temporada.
Fã de Ronaldo e Eto'o, o atacante acredita que os gols surgiram na seleção por causa da
confiança dada por Dunga. ""Esta seqüência me deu a calma
necessária e fez aparecerem os
gols. Um atacante precisa sempre fazer gols para confirmar
sua presença", declarou o jogador, acrescentando que estava
tranqüilo depois da vitória por
3 a 0 em Santiago, no domingo.
""Futebol é sempre assim. Você vai do céu para o inferno em
minutos. Agora, queremos ficar
aqui em cima por muito tempo", afirmou o atacante, que começou na Ponte Preta.
Até o início da oitava rodada
das eliminatórias, que seria
aberta na noite de ontem, Luis
Fabiano ostentava também a liderança na artilharia das eliminatórias sul-americanas para a
Copa de 2010, com quatro gols.
""A classificação da seleção
brasileira para a Copa será
sempre o principal objetivo,
mas, se eu conseguir a artilharia, será melhor ainda", afirmou o ex-jogador são-paulino.
(PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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