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AUTOMOBILISMO
Piloto é o primeiro brasileiro a disputar prova na Winston Cup, divisão de elite da stock-car dos EUA
Christian começa a desbravar mundo bilionário da Nascar
DA REPORTAGEM LOCAL
São 75 milhões de fãs só nos
EUA, o equivalente a 37% da população adulta daquele país. Torcedores que, no ano passado, desembolsaram US$ 1,4 bilhão em
bonés, camisetas, almofadas, chaveiros e bugigangas de todos os tipos com as marcas de seus ídolos.
É nesse ambiente de fartura, na
contramão das principais categorias de automobilismo do planeta,
que Christian Fittipaldi tenta repetir a partir de hoje a trajetória
de seu tio, Emerson, nos 70 e 80.
A exemplo do que o campeão
fez na F-1 e na Indy, ganhando títulos e abrindo espaço, Christian,
31, assumiu um papel de pioneiro.
Nesta tarde, no circuito oval de 1
milha (1,609 km) de Phoenix, ele
estréia na Winston Cup. É a primeira vez que um brasileiro compete na divisão de elite da Nascar.
Anteontem, no treino que definiu as 36 primeiras posições do
grid de largada -no total, participam 43 carros-, Christian foi
bem: conseguiu o 17º lugar, apenas um abaixo do atual líder do
campeonato, Tony Stewart.
A semelhança com o pioneirismo do tio não é a única coincidência que Christian encara neste final de semana. Foi justamente em
Phoenix, em 1995, que o piloto,
recém-saído da F-1, fez sua primeira prova em ovais, pela Indy.
Mas essa não estava programada: a estréia na Winston Cup veio
mais cedo do que o brasileiro
imaginava. Neste ano, ele participou de cinco etapas da Busch Series, a segunda divisão da Nascar e
só esperava correr com a elite em
2003. Richard Petty, dono da
equipe que leva seu nome, porém,
o convocou para substituir Jerry
Nadeau, que quebrou a clavícula.
"O Christian é reconhecido em
todo o mundo", disse Petty.
Caso a experiência dê certo,
Christian passará a ser mais reconhecido agora. A Nascar é o segundo evento com mais audiência nos EUA, só atrás do futebol
americano. E o faturamento cresce na mesma proporção.
Um contraste com a F-1 e a
Indy, que enfrentam tempos difíceis, perdendo equipes e dinheiro.
Na Nascar, crise não existe. Em
fevereiro, 35 milhões de pessoas
assistiram, pela TV, à prova de
Daytona. Em agosto, 350 mil fãs
lotaram Indianápolis para a
Brickyard 400, o maior público do
esporte americano neste ano.
É esse mundo que Christian começa a desbravar em Phoenix. A
prova, penúltima etapa da Winston Cup, começa às 17h30 (horário de Brasília) e terá 312 voltas.
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