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TÊNIS
Depois de vencer partida de duplas ontem pela segunda divisão da Copa Davis, país agora tenta repetir feito de 1966
Brasil tenta virar placar hoje no Sauípe
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL À COSTA DO SAUÍPE
O Brasil venceu o jogo de duplas
ontem, na Costa do Sauípe, e segue vivo no confronto contra o
Paraguai pela segunda rodada do
Zonal Americano, a segunda divisão da Copa Davis. O placar está 2
a 1 para o Paraguai na disputa que
define qual equipe avança ao playoff em setembro, quando tenta
uma vaga na elite da competição.
Hoje, com as duas partidas de
simples que encerram a disputa, a
inexperiente equipe comandada
pelo capitão Carlos Chabalgoity
tenta repetir um feito de maio de
1966, quando, em Barcelona,
Thomas Koch e Edison Mandarino derrotaram a Espanha após
terminarem o primeiro dia perdendo de 2 a 0. Foi a única vez em
128 confrontos do Brasil na Davis
que o país virou o placar após perder as duas primeiras partidas.
Reverter essa desvantagem não
é comum. Desde a primeira edição da Davis, em 1900, só 28 nações ganharam com esse tipo de
virada. E só sete países fizeram isso em mais de uma oportunidade.
"Continuamos um trabalho que
no primeiro dia não deu o resultado esperado. Nos reunimos e nos
focamos de novo", disse Chabalgoity sobre o trabalho psicológico
após os 2 a 0 contrários iniciais.
Após perder as duas primeiras
partidas de simples anteontem, o
Brasil diminuiu a vantagem paraguaia com a vitória da dupla Josh
Goffi/Alexandre Simoni sobre
Ramon Delgado/Paulo Carvallo
por 3 a 1 (6/4, 4/6, 6/3 e 6/4).
Chabalgoity pensou em mudar
a escalação por ter mais confiança
no entrosamento entre Simoni e
Marcos Daniel, mas manteve o
plano inicial de não pôr nenhum
brasileiro para atuar nos três dias
do confronto. "Marcos estava
muito cansado e resolvemos arriscar", disse o capitão, que assumiu o cargo após o boicote, liderado por Gustavo Kuerten, dos
principais tenistas do Brasil. "Arriscar não", corrigiu-se. "Josh e Simoni formam uma ótima dupla."
O jogo de ontem começou equilibrado. No décimo game, os brasileiro conseguiram a primeira
quebra do jogo e fizeram 6/4. Então derrubaram o saque dos adversários no segundo game da segunda parcial, mas permitiram
duas quebras logo na seqüência.
Delgado e Carvallo só confirmaram seus serviços para fazer 6/4 e
empatar o jogo em 1 a 1.
No terceiro set, com uma quebra, os brasileiros fizeram 6/3,
voltaram a quebrar o saque do rival, marcaram 6/4 no quarto set e
fecharam a partida em 3 a 1.
"Tinha gente que achava que já
havíamos perdido", disse Simoni.
"We are still alive [ainda estamos
vivos]", comemorou Goffi, especialista em duplas, que vive nos
EUA e dá entrevistas em inglês.
Hoje o primeiro jogo é entre os
números um de cada time, Daniel
e Delgado, às 10h. Depois jogam
Júlio Silva e Francisco Rodrigues.
Os capitães podem mudar a escalação até 9h. Victor Pecci, do
Paraguai, disse que não fará alterações. Ele minimizou o fato de
Delgado ser o único tenista a
atuar nos três dias do torneio. "O
jogo de duplas desgasta menos.
Acho que ele pode jogar até melhor, pois agora tem mais ritmo."
No Brasil, Simoni (301) tem ranking superior ao de Silva (360), escalado para o primeiro dia. "Vou
conversar com os quatro. Marcos
[que teve cãibras anteontem] estará recuperado. Simoni está bem
confiante e Julinho já tirou a pressão da estréia", afirmou o técnico.
O jornalista Fernando Itokazu se hospeda a convite da Koch Tavares.
NA TV - Copa Davis, ao
vivo, às 10h, na Sportv
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