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FUTEBOL
No Mineirão, Parreira quer Vampeta e Renato na função de Ricardinho
Acéfalo, Corinthians tenta evitar chutão em estréia
DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a presença do meia Ricardinho praticamente descartada
durante o Campeonato Brasileiro,
o Corinthians passará hoje pelo
seu primeiro teste sem o "cérebro
do time", como definiu o próprio
técnico Carlos Alberto Parreira.
No Mineirão, diante do Atlético-MG, às 16h, em Belo Horizonte, a equipe colocará à prova seu
poder de organização e tentará
evitar que as jogadas fiquem restritas aos "chutões".
No último Torneio Rio-São
Paulo, vencido pelo time de Parque São Jorge, Ricardinho não
atuou em 2 dos 17 jogos do clube.
Segundo levantamento do Datafolha, o número de lançamentos feitos pelo time de Parreira na
competição mais que dobrou
com a ausência do meia na equipe
-passou de 8,7 para 20,5.
Os números também revelam
que o total de passes caiu de 418
para 385 quando Ricardinho não
esteve em campo.
"O Ricardinho vai deixar saudades não porque vamos esquece-lo, mas, sim, porque temos de
aprender a jogar sem ele. Será
uma fase de transição demorada",
afirmou o treinador corintiano.
Para tentar suprir a deficiência,
Parreira designou a incumbência
de municiar seus atacantes a dois
jogadores -o volante Vampeta,
que completa hoje 200 partidas
com a camisa do Corinthians, e o
meia Renato, que assumiu a vaga
de Ricardinho no time.
Entrando frequentemente no
segundo tempo das partidas do
Rio-São Paulo, Renato tem um
aproveitamento de passes inferior
ao do antigo capitão corintiano
-86,2% contra 89,7%. Já o volante Vampeta teve média ligeiramente superior, 90,8%.
"Para não perdermos o poder
de organização e a rapidez do primeiro semestre, o Renato precisa
cumprir sua função, e o Vampeta
tem de assumir mais o jogo para
ele", afirmou Parreira.
Além da participação efetiva na
articulação das jogadas do Corinthians, o treinador também designou à Vampeta a função de comandar o time dentro de campo.
Mas quem deve assumir o posto
de capitão no lugar de Ricardinho
deve ser Scheidt. "Nunca me
preocupei com essa coisa de capitão, o Vampeta é campeão mundial e tem carisma para liderar a
equipe. Para isso não precisa ser
capitão", disse o treinador, que,
no entanto, ofereceu a faixa ao volante para, em seguida, ouvir não.
Ataque
Mesmo sem Ricardinho, Parreira afirmou que não abre mão de
atuar com três atacantes, esquema que garantiu ao Corinthians,
além do título do Rio-São Paulo, a
conquista da Copa do Brasil, que
assegurou a presença do clube na
Libertadores do próximo ano.
Mas, o ataque corintiano estará
debilitado na partida de hoje.
Além da ausência de Guilherme, contratado na última quarta-feira, a presença de Leandro na
equipe também foi descartada. O
jogador se recupera de uma contratura muscular na coxa direita.
Para seu lugar, Parreira confirmou o atacante Luciano Ratinho.
O treinador tem uma dúvida.
Deivid, que se recuperou na última semana de uma lesão, e Gilmar disputam a última vaga no
ataque, já que a presença de Gil foi
confirmada pelo treinador.
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