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O PERSONAGEM
Para treinador, seleção-tampão lutará por bronze
DA REPORTAGEM LOCAL
O americano Rob Derksen, 43, se define como um
"andarilho". Em meados
dos 90, descobriu um filão:
dirigir equipes que buscam
participar de Jogos Olímpicos. Classificou a Austrália
para Atlanta-96, mas falhou
na tentativa seguinte, de levar Guam para Sydney-00.
Dessa vez, pegou uma seleção já classificada, mas trabalhou duro para inventar
um time. Apesar das dificuldades, fala grosso. "Vamos
lutar por medalhas", declarou à Folha, anteontem, por
telefone.
(FSX)
Folha - Como surgiu o convite para ser técnico da Grécia?
Rob Derksen - Em 2001, o
Baltimore Orioles me pediu
para fazer isso. Eu não estava
certo se iria conseguir formar um time. Nunca tive
idéia de quantos descendentes de gregos havia por aqui.
Rodei todo o país. Comecei
em novembro de 2001, visitei universidades, times profissionais, amadores...
Folha - Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou?
Derksen - Às vezes chegava
em alguém muito bom, mas
descobria que ele não poderia tirar passaporte grego.
Era decepcionante.
Folha - Quanto acabou o
processo de seleção?
Derksen - Ainda não acabou. Estou no Arizona, avaliando alguns jogadores. Até
agora observei 200 e selecionei 16. Ainda preciso escolher mais seis para completar o grupo. Vou encerrar essa seleção em dois meses.
Folha - O que você espera
conseguir em Atenas?
Derksen - Eu acho que o time é bom, sinceramente.
Muitos foram profissionais.
O ouro vai ser uma tarefa difícil, porque Cuba e Japão
são muito fortes. Mas o
bronze é uma meta real.
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