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Brasil desafia 12 anos de fiascos em seletiva olímpica
Seleção masculina de basquete enfrenta desfalques e terá que superar jejum de vitória sobre europeus para ir a Jogos
Equipe perdeu Leandrinho, Nenê e Anderson, seus três astros de NBA, e o técnico Moncho Monsalve teve que apelar para atletas de time B
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Fora da Olimpíada há 12 anos
e com desfalques importantes,
a seleção masculina disputa as
três últimas vagas em Pequim
no Pré-Olímpico Mundial de
Atenas, que tem início hoje.
"Precisamos melhorar principalmente na defesa. Mas esse
grupo é talentoso e tem condição de conquistar a vaga", prega
o técnico Moncho Monsalve.
Para chegar ao objetivo, o
Brasil terá que superar a ausência de astros e voltar a bater europeus em jogos oficiais. A
equipe estréia amanhã, contra
o Líbano. Hoje haverá quatro
jogos, todos com TV: Nova Zelândia x Cabo Verde, Coréia do
Sul x Eslovênia, Croácia x Camarões e Grécia x Líbano.
O time nacional não terá seus
astros de NBA. Nenê (Denver),
Anderson Varejão (Cleveland)
e Leandrinho (Phoenix) pediram dispensa alegando lesões.
O grupo também perdeu outras peças importantes: Valtinho, titular no Pré-Olímpico-07, Paulão e Guilherme. Os dois
primeiros por contusão. O último, por problemas pessoais.
Sem eles, Moncho apelou para jogadores que treinavam
com a seleção B, que jogou o
Sul-Americano do Chile: o armador Fúlvio, o ala-armador
Hélio, o ala Jonathan Tavernari
e o ala-pivô Ricardo Probst.
"É preciso rever isso. O intervalo entre o Sul-Americano e o
Pré-Olímpico foi de uma semana. Não dá para mandar a mesma equipe. Ainda mais por causa do problema de adaptação ao
fuso", reclama Moncho, referindo-se às sete horas de diferença entre o Chile e a Grécia.
Com o grupo de novatos, a seleção tenta superar o tabu de
derrotar times europeus. Nos
últimos anos, o Brasil tem sofrido contra seleções do velho
continente. A última vitória em
competições oficiais foi contra
a Turquia, no Mundial de Indianápolis, há seis anos.
Contando partidas não-oficiais, a seleção deu fim ao incômodo jejum na semana passada, com a vitória por 86 a 77 sobre a Croácia válida pelo Torneio Acrópolis, preparatório
para o Pré-Olímpico Mundial.
No entanto foi a primeira vitória obtida pelo time nacional
nos últimos 18 jogos contra rivais da escola européia, conhecida pelo bom posicionamento
tático e defesa aguerrida.
"Acredito que o time evoluiu
[contra os europeus]. O Torneio Acrópolis mostrou isso. O
time precisa melhorar alguns
aspectos defensivos, como nos
rebotes", comenta Moncho.
A evolução foi destacada pelos técnicos que enfrentaram a
seleção. "Admiro muito o que o
Moncho fez pelo Brasil", disse
Brian Goorjian, da Austrália.
"Pelo que mostrou, o Brasil é
um dos mais fortes candidatos
à vaga olímpica", ressalta Panagiotis Yannakis, da Grécia.
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