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Estrangeiros dão o tom em Pré-Olímpico
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de enfrentar tabus e
desafios, o Brasil terá que superar os reforços estrangeiros de seus rivais. Dos 12 times que jogam o Pré-Olímpico Mundial, só Camarões e
Brasil são 100% nacionais
-os elencos finais não estavam disponíveis até ontem
no site da Federação Internacional de Basquete.
O caso mais gritante é a
frágil equipe de Cabo Verde,
terceiro colocado do Pré-Olímpico da África em 2007.
Para não fazer tão feio na
seletiva da Grécia, o técnico
Eric Silva convocou cinco
atletas de origem norte-americana: Barros, Cipriano, Gomes, Houtman e Oliver.
Mesmo entre times favoritos à passagem para Pequim
há estrangeiros de destaque.
A Alemanha, provável adversária do Brasil nas quartas-de-final, comemora a presença de Chris Kaman.
O pivô do LA Clippers recentemente se naturalizou
-seus bisavós são alemães-
e estreará na equipe sem ter
feito sequer um amistoso
com a camisa do país.
"Todo o grupo treina duro
e está focado na vaga. Isso é
perfeito para mim", diz Kaman, que ostentou média de
15,7 pontos e 12,7 rebotes na
última temporada da NBA.
A Alemanha conta com
mais dois gringos no grupo, o
norte-americano Demond
Greene e o polonês Konrad
Wysocki, mas sentirá a falta
do nigeriano Ademola Okulaja, cortado por lesão.
"Demond é um jogador
muito importante para nós,
por sua capacidade de pontuar e defender", elogia o
treinador Dirk Bauermann.
A Grécia, rival do Brasil no
Grupo A, conta com sangue
africano. Filho de mãe camaronesa, Sofoklis Schortsianitis contrasta com seus colegas, todos brancos, no elenco
do vice-campeão mundial.
O Líbano, adversário da
seleção nacional na estréia,
amanhã, terá três estrangeiros: Brian Feghali (EUA), Sabah Khoury (Kuait) e Ali
Mahmoud (Canadá).
Mas a ausência mais sentida será a do norte-americano
Joe Vogel, pivô de 2,11 m, que
se machucou durante torneio amistoso no Canadá.
"Ele é o principal jogador
do Líbano, por sua versatilidade", aponta o técnico
Moncho Monsalve, do Brasil.
Outras seleções com presença significativa de nacionalizados são Croácia, com
quatro bósnios, e Porto Rico,
reforçada pelo mesmo número de norte-americanos.
Figurante, o Canadá tem
como principal nome o haitiano Samuel Dalembert, pivô do Philadelphia.
(ALF)
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