Equipe alviverde prevê Sport fechado e tenta não repetir hoje os erros cometidos pelo rival no duelo da Ilha do Retiro

Jogadores pedem calma à torcida que vai ao Parque Antarctica e apostam na paciência para vencer pela segunda vez na Libertadores

Ricardo Nogueira/Folha Imagem

O lateral colombiano Armero é alvo de brincadeira de colegas de Palmeiras no último treino da equipe antes do jogo desta noite, contra o Sport, pela Libertadores

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time fechado, que jogue nos contra-ataques e aproveite a dificuldade da equipe rival em atacar para calar a torcida e minar o efeito "caldeirão" do estádio. Foi assim que o Palmeiras superou o Sport no Recife. É contra essa fórmula que a equipe espera lutar hoje, em casa.
O desafio é não cometer os mesmos erros que seu "clone" pernambucano, que já colocou o empate como um bom resultado no Parque Antarctica, na partida que começa às 19h45.
No jogo da semana passada, o Sport entrou em campo com 25 jogos de invencibilidade, empurrado por uma barulhenta massa que não via seu time ser derrotado em seus domínios fazia quase oito meses.
O excesso de vontade descoordenado, porém, resultou em passes errados -quase 17% do total, segundo o Datafolha contou-, má pontaria (de 19 chutes a gol, apenas seis foram no alvo) e em 45 bolas perdidas.
A desatenção da defesa que originou o gol de Keirrison, aos 24min do primeiro tempo, fez o Sport experimentar um silêncio sepulcral que havia tempos não passava pela Ilha do Retiro.
Assim, a esperada pressão, que deveria ser dirigida ao time inimigo, voltou-se contra a equipe anfitriã. A soma de todos esses fatores derrubou o time de Nelsinho Batista. E fez triunfar a estratégia do Palmeiras, que voltou à luta por uma vaga nas oitavas de final.
Na prática, o que os paulistas fizeram foi concentrar suas forças no meio-campo e impedir os alas do Sport de subirem para o ataque. Com 133 desarmes na partida, o Palmeiras marcou demais -sua média nesse fundamento no Estadual, por exemplo, é de 124 por jogo.
"Eles também vão vir assim, fechadinhos, explorando os contra-ataques", alerta o meia Cleiton Xavier, que, a exemplo dos demais companheiros de elenco, tornou a palavra "paciência" o seu mantra para o confronto desta noite.
"Precisamos de sabedoria e paciência. O Sport virá fechado, por isso pedimos calma ao nosso torcedor", afirma o zagueiro Maurício Ramos.
A preocupação em não jogar por terra o esforço envolvido na vitória de sete dias atrás é resultado da situação ainda delicada do Palmeiras na Taça Libertadores da América.
Se por um lado a equipe depende apenas de si para avançar à próxima fase, inclusive como a melhor da chave, por outro um simples empate hoje poderá reduzir drasticamente as chances de classificação.
O Colo Colo, do Chile, lidera o Grupo 1 com sete pontos -e uma partida a mais. O Sport soma seis, e a LDU, do Equador, que também já disputou quatro jogos no grupo, tem quatro.
Se o Palmeiras apenas empatar hoje, terminará a rodada em terceiro. E, mesmo que vença a LDU na semana que vem, no Parque Antarctica, terá obrigatoriamente que bater os chilenos no confronto derradeiro da primeira fase, em território rival, no próximo dia 29.