|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Muita seleção para pouca vaga
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Lembra das participações de
Grécia, Bulgária, País de Gales e Suíça na Eurocopa passada?
Pois é. Essas seleções não conseguiram chegar à fase final do torneio em 2000, mas agora estão
perto de ganhar uma vaga em
2004 sem precisar de repescagem.
Em contrapartida, Itália, Espanha, Holanda e Inglaterra, algumas das principais favoritas ao título na disputa anterior, cruzam
os dedos para não se enfrentar em
uma repescagem e ficar de fora da
grande brincadeira em Portugal.
Poucas competições no mundo
são tão marcadas pelo equilíbrio
quanto a Eurocopa. E a próxima
edição tem tudo para explicitar o
nivelamento atual no continente.
Pelo menos quatro países que
não atuaram no torneio na Bélgica e na Holanda deverão terminar entre os 16 melhores da região
mais parelha de todo o planeta.
Após o título mundial em 1998,
a França ganhou força mais do
que suficiente para faturar o troféu europeu dois anos depois. Entrou muito bem cotada na luta e
superou todas as expectativas.
Agora, apesar dos vários jogadores talentosos e de ter ganho todas as partidas de sua fraca chave, não ostenta a pompa e o favoritismo disparado de outrora.
Além da detentora do título, só
o País de Gales apresenta 100% de
aproveitamento de pontos nas eliminatórias, o que já é um sinal.
A Turquia está mais poderosa e
autoconfiante. A Holanda, menos
geniosa e ousada. A Suíça ficou
mais firme. A Espanha, mais estéril. A República Tcheca mostra-se
ameaçadora, voraz. A Sérvia e
Montenegro (lembra da boa e velha Iugoslávia?), passiva, coitada.
Mesmo a Alemanha, única tricampeã européia, mudou de cara
desde a Euro-2000. Naquela ocasião, contra toda sua história, era
uma presa até certo ponto fácil.
Com a campanha na Copa, reencontrou seu caminho, mas nada
ainda que a coloque como a equipe a ser temida no continente.
Romênia e Polônia caíram alguns degraus. Bulgária e Hungria
subiram outros. Assim, as quatro
se equiparam hoje. Rússia, Bélgica, Noruega, Escócia, Ucrânia,
Croácia, Suécia e Irlanda não
conseguem engrenar e seguem em
um mesmo patamar -bem acima dos "nanicos" e apenas um
pouco abaixo dos mais fortes.
Inglaterra e Itália preservam o
charme e também o sofrimento
de seus torcedores. São reconhecidamente superiores às seleções de
Macedônia e Finlândia, o que
não garante sucesso contra rivais
desse porte médio. Se a Áustria
sucumbe, a Grécia desponta. Se a
Eslovênia é uma realidade, Israel,
Islândia e Letônia são sonhos cada vez mais possíveis.
Não é à toa que a cúpula da Uefa logo abraçou a proposta da
Conmebol de inchar a Copa para
36 seleções. Duas vagas a mais para a Europa hoje significam muito e, ao mesmo tempo, pouco.
Definir as 16 equipes que vão
para a Eurocopa, está claro, é algo complicado. Gente de peso deve rodar (a repescagem promete
com as presenças quase certas de
Espanha e Itália, pelo menos).
Imagina então selecionar 14 (contando aqui a anfitriã Alemanha).
Se a Copa inchar, será por causa
da Europa. Se a Eurocopa inchasse, ficaria quase como a Copa.
Muito time para pouco craque
Beckham está engatilhado com o Milan, com o Barcelona, com o
Real Madrid... O ídolo inglês, que sempre falou que ficará mesmo em
Manchester, faz um tour promocional pelo Oriente. No dia 23, acertaria com o Real, que também programou uma turnê asiática. Nas
próximas horas acertaria com o Barcelona, que pode eleger Joan Laporta como presidente. Mas já estaria acertado com o Milan, pois Silvio Berlusconi teria levado Victoria Adams para um de seus canais.
Muito jogo para pouco gol
Juventus x Milan já tem data marcada. Em Nova York (não Manchester), no dia 3 de agosto, no Giant's Stadium (não no Old Trafford), os dois gigantes italianos se encontram pela Supercopa da Itália (não pela Copa dos Campeões). Arrisca um outro 0 a 0?
E-mail rbueno@folhasp.com.br
Texto Anterior: Primeiro índice para o Pan-03 no Troféu Brasil sai para ex-bóia fria Próximo Texto: Política: COB quer utilizar verba educacional para fazer instituto Índice
|