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BASQUETE
Liderada pelo time de Ribeirão, que tenta recorde, região leva a mata-matas seis de sete participantes no torneio
Interior domina 1ª fase do Estadual de SP
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com domínio quase completo
dos times do interior, o Paulista
masculino encerra hoje a primeira fase com um jogo -Paulistano
x Casa Branca. Dos oito classificados aos mata-matas e que asseguraram vaga no Nacional-2003, só
um, o Pinheiros, é da capital.
A equipe, entretanto, ocupava a
última vaga até anteontem.
Por outro lado, o interior conseguiu colocar na fase decisiva seis
de seus sete participantes no Estadual (Ribeirão Preto, Uniara,
Bauru, Franca, Limeira e Casa
Branca). A região conta também
com a grande sensação do torneio
até aqui. O COC/Ribeirão Preto
ostenta uma invencibilidade de 30
jogos e assegurou a liderança da
fase de classificação com 60 pontos -sete a mais que o segundo
colocado, o Valtra/Mogi.
O time tenta superar a campanha do Franca, que obteve 35 vitórias no Paulista de 1992. Para
passar o rival, o Ribeirão Preto terá que manter a invencibilidade
nos dois primeiros mata-matas.
"Nossa meta não é conservar a
série de vitórias, mas ganharmos
o título. Se for invicto, melhor ainda. Mas sabemos que é difícil
manter isso nos mata-matas",
analisa o técnico Aluísio Ferreira,
o Lula, do Ribeirão, cotado para
assumir a seleção brasileira.
O contraste com a capital é gritante. São Paulo contou com cinco times no Estadual. Quatro
-Palmeiras, Paulistano, Espéria
e Hebraica- estão eliminados.
"Os clubes sociais não estão voltados ao esporte de alto nível. Eles
fazem investimentos modestos. O
Palmeiras, que poderia atrair sua
torcida, não apóia muito o basquete", diz Lula, que já treinou o
time do Parque Antarctica.
A cidade já teve sua força. Na
década de 80, Monte Líbano e Corinthians conquistaram cinco títulos do Paulista. Desde 1986, no
entanto, um time da cidade não
ergue um troféu do campeonato.
"Naquela época, clubes como
Sírio e Monte Líbano faziam
grandes investimentos. A maioria
dos jogadores também mantinha
dupla atividade. Por isso era vantajoso jogar em um time da cidade", lembra Carlos Alberto Rodrigues, o Carlão, técnico do Mogi.
Hoje, as equipes do interior é
que levam vantagem. Além de serem mais bem estruturadas, conseguem criar vínculos com suas
cidades e, consequentemente,
contam com mais torcedores.
"Jogar na capital é como atuar
em quadra neutra. Você vai na
Hebraica e tem só 20 torcedores
assistindo ao jogo. Em outras cidades, a torcida comparece e
apóia a equipe", conclui Carlão.
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