|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Mutreta e zebra ajudam os reis do mata-mata
DA REPORTAGEM LOCAL
Corinthians e São Paulo souberam tirar proveito de várias
formas dos muitos regulamentos esdrúxulos do Campeonato
Paulista depois de 1972.
Em 1977, por exemplo, o time
do Parque São Jorge saiu da fila
ao ganhar o título em cima da
Ponte Preta. Detalhe: a equipe
perdeu cinco vezes para o time
campineiro naquele ano.
Dois anos mais tarde, o presidente corintiano Vicente Matheus conseguiu adiar as finais
do torneio, prejudicando o poderoso Palmeiras de Telê Santana, que dominara as primeiras fases com folga. Quando as
semifinais aconteceram, o Corinthians superou um rival
mais enfraquecido e menos
embalado e partiu para o título.
O São Paulo conseguiu uma
proeza em 1991. Após ter caído
para a Série B em 1990, acabou
campeão da Série A no ano seguinte. O clube do Morumbi
conseguiu inclusive a vantagem do empate nas finais por
ter somado muitos pontos contra times que não eram da elite.
Em algumas vezes, as zebras
favoreceram São Paulo e Corinthians. Em 1989, por exemplo, o Palmeiras, treinado por
Leão, fez campanha brilhante,
mas sofreu uma fatídica derrota para o Bragantino e foi eliminado. O São Paulo perdeu quatro jogos, mas foi o campeão.
Quando o Paulista era disputado por pontos corridos, não
havia muito espaço para mutreta ou zebra. Dos 10 títulos do
Santos de Pelé, 8 foram obtidos
no sistema de pontos corridos.
Um dos poucos tropeços do
Santos de ouro aconteceu em
1959, quando o Palmeiras, ainda antes da Academia, empatou em pontos com o time de
Pelé e levou a melhor em uma
série de desempate.
(RBU)
Texto Anterior: Paulista celebra a licença para matar Próximo Texto: Futebol: Rivais duelam no Estadual com "segundas intenções" Índice
|