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TOSTÃO
Brasil terá um jogo difícil
O Brasil é o favorito
contra a Bélgica, mas
não será um jogo fácil. A principal qualidade do
adversário é o conjunto. Surpreendentemente, na primeira fase a Bélgica foi melhor no
ataque do que na defesa. O time ganhou da Rússia e empatou contra Japão e Tunísia. O
principal jogador da equipe é
o atacante Wilmots. O vencedor enfrentará a Inglaterra.
Felipão disse que iria escalar
a equipe que ganhou da China e depois trocou o Anderson
Polga pelo Edmilson. Não faz
diferença. Os dois são fracos.
Contra a Costa Rica, senti falta do Roque Júnior -o melhor dos zagueiros nas duas
primeiras partidas.
Roque Júnior, Roberto Carlos e Ronaldinho Gaúcho voltam ao time. Júnior atuou melhor do que Roberto Carlos.
Júnior sabe jogar de ala. Ataca
pela ponta e pelo meio e tem
mais habilidade do que Roberto Carlos. Esse, marca melhor, às vezes acerta uma
bomba no gol e é uma grife.
Os problemas principais da
seleção são a má qualidade
dos zagueiros e a falta de um
armador ao lado do Gilberto
Silva. Todo mundo já percebeu, menos o Felipão, que há
um buraco no meio-campo.
Na primeira fase, Ronaldo
foi o craque do Mundial. Felizmente, ele não está correndo atrás dos zagueiros para
marcar, como queria o treinador. Dessa forma, não fica
cansado no momento de dar
os seus dribles e arrancadas
para o gol. Falta ainda ele fazer um gol com sua jogada característica: driblando os zagueiros e o goleiro.
A imprensa brasileira está
surpresa com a postura bastante ofensiva da seleção no
Mundial. Essa não era a característica dos times dirigidos
pelo Scolari. Na verdade, Felipão sempre teve atitudes contraditórias, dentro e fora de
campo. Oscila bastante entre
a postura defensiva e a ofensiva e entre a delicadeza e a
grosseria.
Independentemente do resultado final, o técnico teve
acertos e erros na seleção. Se o
Brasil perder ou ganhar, ele
não será o pior, nem o melhor
dos treinadores.
Hormônios no Futebol
Segundo trabalhos científicos de uma conceituada revista inglesa, publicado recentemente pela Folha, o nível do
hormônio testosterona está
muito mais elevado nos jogadores que atuam em casa do
que nos que atuam fora. A testosterona aumenta a força
muscular e o entusiasmo dos
atletas. Outro estudo mostrou
que árbitros e auxiliares erram muito mais a favor dos times da casa.
Parece que os hormônios dos
jogadores japoneses e coreanos
estão lá em cima! Eles não param de correr. Hormônio não
faz gol, mas ajuda. Já imaginou o Ronaldo com níveis elevados de testosterona?
tostão.folha@uol.com.br
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