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BRASIL
Polga é barrado, e Scolari repete escalação da estréia contra a Bégica e sua "jogada única"
Edmilson fica no time para ajudar a conter chuveirinhos
DOS ENVIADOS A KOBE
Após mexer na equipe nas duas
últimas partidas, o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, decidiu
escalar contra a Bélgica, amanhã,
às 8h30 (Brasília), em Kobe, pelas
oitavas-de-final, o mesmo time da
estréia nesta Copa do Mundo.
A principal alteração será a saída do zagueiro Anderson Polga,
barrado para a volta de Roque Júnior, que ficou fora do último jogo porque estava "pendurado"
com um cartão amarelo.
Assim, Edmilson, que disputou
a última partida depois de ter ficado no banco contra a China para a
entrada de Polga, permanecerá
no time. Com a mudança na zaga,
Scolari vai escalar os três zagueiros mais altos para tentar conter o
jogo aéreo belga, a principal preocupação da seleção.
""Eles são fortes no jogo aéreo.
Vamos ter que ficar atentos os 90
minutos. Caso contrário, um lance perdido poderá jogar tudo fora", disse Edmilson, que perdera a
vaga de titular por se recusar a dar
"chutões" na estréia (vitória por 2
a 1) contra a Turquia.
Edmilson foi o autor do gol
mais bonito da seleção na goleada
contra a Costa Rica, por 5 a 2,
quinta-feira, ainda na Coréia.
Para a partida de estréia, Scolari
havia escalado a mesma defesa
por temer o jogo aéreo turco.
No único ensaio tático para a
partida, realizado ontem, o técnico da seleção interrompeu o treino várias vezes para corrigir o posicionamento dos zagueiros mantidos do início ao fim do treino.
Scolari chegou a dizer para os
jogadores que a Bélgica só tem
"uma jogada", referindo-se ao jogo aéreo do adversário.
""Eles só têm uma jogada. Se a
gente conseguir matar isso, não
tomamos gol", falou o técnico,
aos berros, no treino.
A defesa da seleção ainda não se
acertou na Copa. Os zagueiros cometeram uma série de falhas nas
partidas da primeira fase.
Além da volta de Roque Júnior,
Scolari confirmou o retorno do lateral-esquerdo Roberto Carlos e
do meia-atacante Ronaldinho. Os
dois também foram poupados na
vitória contra a Costa Rica. Com
isso, Júnior, que foi eleito o melhor jogador da seleção no último
jogo, e Edílson voltam à reserva.
Apesar da preocupação defensiva de Scolari, a seleção vai jogar
para a frente contra a Bélgica. O
ataque, com 11 gols, é o melhor da
história da seleção brasileira em
uma primeira fase de Copa.
O treinador já disse que não vai
mudar o posicionamento agressivo da equipe para a partida.
Confiante no poder ofensivo da
seleção, Scolari já cogita a possibilidade de segurar o resultado no
segundo tempo.
Por isso, ele ensaiou o time titular com o volante Kleberson no
lugar de Juninho.
O atacante Denílson também
poderá entrar no segundo tempo
contra a Bélgica para explorar os
contra-ataques em velocidade.
Ele não foi utilizado na última
partida porque Scolari preferiu
poupá-lo. O jogador estava com
um cartão amarelo. Com o final
da primeira fase, os cartões foram
zerados pela Fifa.
Nos dois primeiros jogos da seleção no Mundial, Denílson entrou no segundo tempo.
No treino de ontem, o meia Ricardinho, elogiado pelas atuações
nas duas últimas partidas, jogou
todo o tempo entre os reservas.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)
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