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Inglês começa badalado, mas "modesto" e familiar
Torneio dá partida hoje sem que clubes tenham feito contratações de impacto
Grande parte das equipes arrecadou mais vendendo atletas do que gastou comprando reforços, e Scolari vira a grande atração
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem Kaká, nem Ronaldinho,
nem Eto'o, nem Robinho... Pelo
menos até hoje, quando o Campeonato Inglês começa, a liga
nacional mais badalada do planeta na atualidade não deu os
tiros que poderiam dizimar de
vez a concorrência. Os endinheirados clubes ingleses largam para a temporada 2008/
2009 com certa ""modéstia".
A primeira Premier League
depois da primeira final inglesa
da Copa dos Campeões vê pés
no freio por parte de alguns de
seus mais abastados clubes.
A maior contratação e, na esteira disso, a maior atração da
rica liga é um técnico: Luiz Felipe Scolari. Após o fim de seu
contrato com Portugal, o treinador assinou com o Chelsea,
vice-campeão inglês e europeu.
O time do magnata Roman
Abramovich teve contatos para
contratar Kaká e Robinho por
grandes quantias, mas investiu
no fim das contas mesmo ""apenas" em Bosingwa e Deco, lusos
velhos conhecidos de Scolari.
O Milan teria recebido proposta do Cheslea por Kaká superior a 100 milhões (R$
239,7 milhões), mas o clube inglês, pelos números divulgados, gastou ""só" R$ 73,1 milhões em reforços. E, como se
desfez de vários jogadores, como Boulahrouz, Makelele, Ben
Haim, Pizarro e Sidwell, pegou
em vendas R$ 27,22 milhões.
Nas primeiras temporadas à
frente do Chelsea, Abramovich
gastou rapidamente mais de
100 milhões em atletas. Desta
vez, a maior luta foi manter
Lampard -ele tinha proposta
da Inter, mas renovou até 2014.
O Chelsea ainda pode ganhar
bolada de Mutu -a Fifa determinou que o romeno, flagrado
em antidoping, terá que pagar
R$ 43 milhões ao ex-clube.
O Manchester United, campeão inglês e europeu, ganhou
uns ""trocos" (R$ 18,1 milhões)
com a cessão de atletas, como
Piqué e Eagles, e oficialmente
não gastou nada. Na luta com o
Real Madrid pelo posto de clube mais rico do mundo, o Manchester United se esforçou para
manter a nata do elenco, em especial Cristiano Ronaldo, favorito a melhor do mundo.
O Arsenal, oficialmente, mais
perdeu do que ganhou nomes
em seu elenco. Liberou Gilberto Silva, Hleb, Flamini e Lehmann, entre outros, e praticamente apostou suas fichas no
meia-atacante francês Nasri,
ex-Olympique de Marselha
-os Gunners teriam pago cerca
de R$ 47,7 milhões por ele, valor que não foi divulgado.
O Liverpool, que completa o
quarteto de gigantes favoritos
ao título do Inglês, torrou só
um pouco mais do que recebeu.
Em sua balança comercial da
temporada, são cerca de R$ 15
milhões a mais gastos em reforços. Mas jogou quase todas as
suas balas no experiente Robbie Keane, ex-Tottenham. Não
conta mais com Crouch, Riise,
Kewell e Carson, por exemplo.
Pelos números divulgados
nas transferências, seis clubes
mais receberam do que gastaram para esta temporada. O
Everton, que luta por competições européias, ficou equilibrado. E poucos de fato ousaram
investir pesado agora.
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