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Força do país reflete jiu-jítsu e imigração
DO ENVIADO A PEQUIM
Os três bronzes em Pequim ficaram aquém do
que pretendia o judô brasileiro. Mas o próprio fato
de a modalidade ter estipulado um objetivo ambicioso, de 3 medalhas em 13
que disputou, sendo uma
de ouro, reflete a tradição
do país nos tatames.
Uma tradição iniciada
há cem anos, com a imigração japonesa ao Brasil.
E apurada com o desenvolvimento do jiu-jítsu.
Para Luís Shinohara,
técnico do time nacional
masculino, a fundação
desse cenário é o grande
número de praticantes. "O
Brasil sempre teve uma
base forte, espalhada por
quase todo o país."
Para Wagner Castropil,
médico da equipe e judoca
olímpico em Barcelona-92, a causa dessa força veio
da terra de origem do judô.
"O Brasil tem hoje 1,5
milhão de pessoas de origem japonesa. É o país que
tem a maior colônia nipônica no mundo. Isso, claro,
divulgou o judô", afirma.
Os próprios inventores
da modalidade já estiveram no Brasil para desenvolver melhor a sua arte.
"A ginga própria do futebol, que os brasileiros têm,
ajuda no trabalho de pernas necessário ao judô",
declara Hitoshi Saito, chefe da comissão técnica japonesa quando levou a seleção para treinamento no
Brasil, há dois anos.
A história da modalidade no país começou com
um discípulo de Jigoro
Kano, educador japonês
que unificou as escolas de
jiu-jítsu e foi o fundador
do judô no Japão.
Mitsuo Maeda conheceu no Pará Gastão Gracie,
patriarca da família que é
sinônimo de jiu-jítsu no
país. Ele passou ao brasileiro seus ensinamentos,
depois apurados e desenvolvidos pela família.
(LF)
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