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JUDÔ
Bronze triplo no tatame frustra Brasil
Expectativa era obter ao menos um ouro; desempenho da modalidade é só o 5º do país em Olimpíadas
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM
O objetivo era o alto do pódio,
porém, em Pequim, o judô brasileiro acabou somente no
quinto lugar dentro de sua própria história em Olimpíadas.
No ciclo olímpico em que teve um investimento inédito e
realizou o que os dirigentes definiram como a melhor preparação da história, a equipe nacional não conseguiu atingir a
meta estipulada pela Confederação Brasileira de Judô.
Com três medalhas de bronze, a seleção, que encerrou ontem a participação no tatame
de Pequim, fez a quinta melhor
participação brasileira na história dos Jogos. Ficou atrás do
desempenho em outras edições
em que havia metade das medalhas em jogo na China -as
provas femininas entraram no
programa olímpico só em 1992.
Há menos de um ano, no
Mundial do Rio, o time brasileiro ficou em primeiro lugar no
quadro de medalhas, considerando só as classes olímpicas.
Na China, acabou em 18º. "Em
termos quantitativos, o objetivo foi alcançado", disse o coordenador técnico Ney Wilson.
O objetivo da comissão técnica era voltar da Olimpíada com
três medalhas, sendo ao menos
uma de ouro. "Algumas munições não acertamos. Mas a meta de acertar três tiros, acertamos. Só faltou o miolo do alvo",
disse ele, que avaliou a performance como "resultado bom".
O dirigente citou o fato de a
Rússia não ter conquistado medalhas e lembrou que só Japão
e China fizeram mais de um
campeão. "As medalhas foram
muito divididas", afirmou.
Ele também especulou sobre
as causas de nenhum ouro ter
sido ganho pelo Brasil. "Apesar
de os atletas terem assumido
seus próprios erros, sem ninguém culpar a preparação, acho
que temos que olhar um pouco
na parte emocional, na parte
psicológica dos atletas."
Na avaliação do cartola, a
equipe teve dois grandes destaques nos Jogos chineses: a leve
Ketleyn Quadros, responsável
pela primeira medalha olímpica da história das modalidades
individuais femininas do país, e
o médio Eduardo Santos, que
deixou a competição sem medalha. "Foi um verdadeiro
guerreiro, lutou para cima o
tempo todo", falou Wilson.
O judô brasileiro deixa Pequim na condição de atual recordista em medalhas olímpicas do país: 15. A escrita de sempre voltar de Jogos com ao menos um pódio desde Los Angeles-1984 também foi mantida.
Porém, desde a saída do controvertido Joaquim Mamede
da presidência da CBJ, os judocas do país nunca venceram
uma quarta-de-final olímpica.
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