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VÔLEI DE PRAIA
Ana Paula e Larissa têm o maior teste de seus 7 dias
Dupla unida às pressas enfrenta hoje as atuais campeãs olímpicas
BRASIL
Confronto com Walsh e May, dos EUA, vale semifinal. Horário: 23h
Caco Guatelli/Folha Imagem
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Ana Paula e Larissa vibram na vitória sobre as alemãs
DO ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM
As duas duplas femininas
brasileiras do vôlei de praia
avançaram ontem às quartas-de-final dos Jogos Olímpicos.
E uma delas, formada às
pressas, tem hoje, às 23h, novo desafio, dificílimo. Larissa
e Ana Paula enfrentam as norte-americanas Kerri Walsh e
Misty May, favoritas a conservar seu título olímpico.
Há dez dias, Ana Paula estava de férias, com passagem
marcada para passar uma semana em Los Angeles, quando
foi convocada para substituir
Juliana, parceira de Larissa e
que não conseguiu se recuperar de contusão no joelho.
Para criar entrosamento na
areia, Larissa e Ana Paula, que
ontem derrotaram as alemãs
Pohl e Rau por 21/18 e 21/14,
têm procurado um ambiente
positivo fora de quadra.
""A gente está tentando se
conhecer para não faltar [conjunto] dentro do jogo, que é o
principal. Hoje [ontem], tive
uma inspiração. Antes de estudar o vídeo [do jogo anterior], mostrei fotos de minha
família, de minha mãe, pai, sobrinhos. E ela [Ana Paula] viu
tudo, mostrou fotografias da
casa dela", afirmou Larissa.
""Estou descobrindo na Larissa uma pessoa totalmente
aberta para me receber. A
gente quer trazer [isso] para a
areia, para não precisar mais
ficar pisando em ovos, preocupando-se em como se comunicar, como já andou acontecendo", afirmou Ana Paula.
""Hoje [ontem] ela até me
deu bronca, disse: "Pára de sacar viagem [com força], usa
seu saque flutuante, com o
qual fez muitos pontos no
treino". Essa liberdade é fruto
dos papos que tivemos."
Na primeira fase, Larissa e
Ana Paula tiveram dificuldades: venceram duas partidas
por 2 sets a 1, a primeira no último sábado, na primeira
atuação da dupla em jogo oficial, e perderam uma por 2
sets a 0. ""Teria sido estranho
se a gente tivesse chegado ganhando de 2 a 0 de todo mundo. Crescemos na dificuldade
e na derrota, por isso foi bom
o jogo passado", disse Larissa.
Talita e Renata, a outra parceria do Brasil em Pequim,
que venceram as norueguesas
Maaseide e Glesnes por 12/21,
21/19 e 15/13, reconhecem
que perderam a concentração
em alguns momentos do jogo.
A dupla enfrenta as australianas Lance Barnett e Natalie
Cook, às 10h de amanhã.
""O que se viu no primeiro
set não condiz com os nossos
treinos, com a nossa campanha. Tem hora que o bloqueio
é maior do que é, a quadra é
menor do que é", afirmou Talita. ""Foi mais um problema
de cabeça. Não é problema
passar por isso, desde que a
gente saiba sair.
(EDUARDO OHATA)
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