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VÔLEI
Homens jogam para recuperar o ânimo
DO ENVIADO A PEQUIM
Abalada depois da primeira
derrota no torneio olímpico e
provavelmente sem seu capitão, a seleção masculina enfrenta a Polônia hoje, às 9h, pela quarta rodada do Grupo B.
O Brasil vem de um revés
diante da Rússia, por 3 sets a 1,
adversário que impediu o time
comandado por Bernardinho
de ser pódio na Liga Mundial,
cuja fase final foi disputada no
Rio -nesse torneio, a seleção
perdeu também dos EUA.
Não bastasse isso, o time brasileiro não deve ter o ponta Giba, que ainda se recupera de
tendinite crônica no ombro direito. O capitão da equipe faria
um teste no último treino antes
do jogo contra os poloneses.
Murilo, substituto do ponta
nos dois últimos jogos, foi bem
durante o duelo com a Sérvia,
em sua estréia como titular na
Olimpíada. Porém naufragou
com o restante do time na última partida, contra a Rússia.
Para complicar a situação, a
Polônia tem características semelhantes às da Rússia. É uma
equipe alta, com destaque para
o ponta Mariusz Wlazly, fundamental na vitória sobre a Sérvia, pela rodada anterior.
Os poloneses lideram o grupo, com seis pontos. O time está
invicto e só cedeu um set aos rivais. "É um time alto, que bloqueia bem. Tem um estilo realmente parecido com o dos russos", disse o líbero Escadinha.
Bernardinho, porém, vê características diferentes entre
os times do Leste Europeu.
"A Polônia é um time mais leve do que a Rússia, embora tecnicamente melhor em certos
momentos. Também têm uma
alternância de saque muito
maior", analisou Bernardinho.
Para os jogadores, a derrota
na última rodada mostrou, assim como nas finais da Liga
Mundial, em julho, que a equipe brasileira não é insuperável.
E que, após tantos anos de
conquistas, a seleção passou a
ser o adversário a ser batido.
"Todos querem ganhar da gente. Isso é uma realidade. Nosso
rival é todo mundo", afirmou
Escadinha, titular da equipe
nacional durante toda a vitoriosa "era Bernardinho" (desde
2001), que teve como pontos altos o ouro em Atenas-2004 e
dois títulos mundiais.
Para o ponta Dante, o Brasil
tem que aproveitar seus dois
últimos jogos da primeira fase,
contra Polônia e Alemanha, para aprimorar a equipe. "Isso
aqui não é o mata-mata ainda.
Temos esses jogos pela frente
para ajustar tudo", afirmou
ele.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
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