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análise
Extensão da crise parece não ter fim
LUÍS CURRO
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE
A derrocada da seleção
feminina na China escancara cada vez mais a crise
que tem assolado o basquete nacional. Com cada
vez mais intensidade.
A equipe masculina
amarga resultados pífios
nas competições que realmente importam (Olimpíadas e Mundiais) há
anos, desde que Gerasime
Bozikis, o Grego, assumiu
a confederação brasileira
-em 1997. Aliás, nos Jogos Olímpicos, nem dá para dizer isso, pois a última
participação foi em Atlanta-96, quando Oscar ainda
defendia as cores do país.
As mulheres, por seu lado, vêm mostrando que,
sem uma fora de série, os
tempos de glória dificilmente voltarão logo.
Primeiro, saíram Paula
e Hortência, líderes do time no ouro do Mundial-1994 e na prata dos Jogos
de Atlanta. Nas duas competições, o treinador era
Miguel Angelo da Luz.
Com a liderança de Janeth, tetracampeã na
WNBA e também integrante dos grupos de 1994
e 1996, o Brasil ainda se
manteve forte para
Sydney-2000 (bronze),
mas, em Atenas-2004, não
conseguiu voltar ao pódio.
A prata no Pan-07, no
Rio, marcou a despedida
de Antonio Carlos Barbosa, que sucedeu Miguel
Angelo, e de Janeth. Entrou Paulo Bassul, antigo
auxiliar de Barbosa e dono
de bons resultados com
clubes brasileiros.
No Pré-Olímpico das
Américas, o Brasil falhou.
Na seletiva mundial, briga
e drama. Bassul e Iziane,
estrela do time, desentenderam-se, e a ala foi cortada. A classificação veio
suada, no jogo final, com o
quinto lugar, o último que
dava passaporte olímpico.
A eliminação precoce
em Pequim está aí, e Bassul pede tempo. Parece
justo, Barbosa ficou dez
anos. Mas viver apenas de
Micaelas, Êgas e Adrianinhas será de morte.
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