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MEMÓRIA
Rivalidade entre países se acirrou após a Copa-78
DO ENVIADO A LIMA
Há 25 anos, o Peru entrava
para o rol dos maiores rivais
da seleção brasileira, mas
não por uma grande partida.
Foi na Copa da Argentina,
em 1978, que tudo começou,
tendo o goleiro Ramón Quiroga como grande "vilão".
Disputado em meio a um
cruel regime militar, o Mundial argentino chegou à rodada de definição dos finalistas com os anfitriões e o
Brasil empatados em pontos
na mesma chave.
Assim, a definição aconteceria no saldo de gols.
Obrigado a jogar antes, o
Brasil venceu a Polônia por 3
a 1. Assim, a seleção da Argentina entrou em campo
para enfrentar o Peru, que
havia sido batido pelo Brasil
por 3 a 0, precisando vencer
por goleada. E foi o que
aconteceu, com um triunfo
acachapante: 6 a 0.
Aquela esmagadora vitória dos argentinos sempre
foi vista com desconfiança
pelos brasileiros.
A suspeita aumentou
quando alguns jogadores
peruanos, anos depois, teriam dito que sua seleção havia sido subornada para facilitar a vida do time dos avantes Kempes e Luque.
O principal suspeito era
Quiroga, que nasceu na Argentina e, depois, se tornou
cidadão peruano.
Como nada foi provado, o
Brasil segue até hoje chorando aquela eliminação, que,
na opinião de Cláudio Coutinho, o técnico da seleção
na ocasião, se transformou
em um "título moral".
Coutinho justificava: o time nacional, apesar do episódio envolvendo o jogo entre Argentina e Peru, terminou o Mundial de 1978 sem
perder nenhuma das sete
partidas que disputou.
Quiroga continuou no Peru e manteve a fama de polêmico, agora como treinador.
Recentemente, ele foi demitido do Universidad, deixando o time nas últimas
posições do campeonato nacional e reclamando de salários atrasados.
(PC)
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