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Terceirização desponta como saída de atoleiro para clubes de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos anos 90, a co-gestão ditou
os rumos do futebol de muitos
clubes. Algumas parcerias, como
Palmeiras-Parmalat e Corinthians-HMTF, foram celebradas
com títulos e prestígio. Mas a
maior parte delas minguou, e a
nova onda é a transferência total
do departamento de futebol.
Muitos clubes viram nela a solução para a crise. Em troca do pagamento de dívidas e salários
atrasados, cedem estrutura e atletas e recebem porcentagem sobre
as receitas -às vezes nem isso.
O último a anunciar acordo nesses moldes foi a Lusa. Atolado em
dificuldades financeiras, o clube
passou a administração do futebol para a Ability Sports, empresa
do agente Fifa Frederico Souza.
A partir de agora, é ele quem vai
pagar salários, decidir quem vai
ser o técnico, quais vão ser os atletas e vender o patrocínio da camisa. Pelo acordo, o time poderá ficar com a cota do Paulista-04 e a
do Clube dos 13 para saldar dívidas -a cada jogador vendido, a
Ability recebe 70%, e a Lusa, 30%.
"Foi a única saída. O futebol dá
prejuízo de R$ 300 mil por mês, e
a Portuguesa não poderia mais
arcar com isso", diz o presidente
Joaquim Alves Heleno.
Já o União Barbarense, que tem
déficit de R$ 250 mil mensais com
o futebol, fechou parceria com o
banco suíço UB Corporation, que
levou atletas do time para testes
em clubes da Suíça -a cada negociação, o União fica com 15%.
Já a Inter de Limeira fechou
contrato de cinco anos com a RI
Sports Brazil, braço esportivo da
gigante de autopeças italiana -o
clube recebe entre 10% e 15% do
valor da cada transação.
Outros times preparam a mesma estratégia: São José, que negocia com um grupo de empresários, Rio Branco, que tenta transferir o futebol para um grupo coreano, e Mogi Mirim, que quer firmar parceria com Raí.
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