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Santo Domingo assiste a salto do Brasil e lança luz sobre nanicos, que batem recorde de pódios
O Pan mais Pan de todos
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Daqui a alguns anos, quando o
Pan de Santo Domingo, que se encerra hoje, for lembrado, dois fatos deverão chamar a atenção no
quadro de medalhas.
O primeiro deles é o crescimento do Brasil. Nunca o país conquistou tantos lugares no pódio
como nos Jogos da República Dominicana. Até o início da noite de
ontem, os brasileiros já haviam levado 123 medalhas, crescimento
de 21,8% em relação à edição anterior, Winnipeg-99, que fora a
melhor campanha da história.
Números que faziam o país disputar a terceira colocação até o
penúltimo dia de competições
com o Canadá, atrás apenas de
potências como EUA e Cuba.
O Canadá, terceira força das
Américas, havia muito tempo não
via seu posto ser ameaçado. A última vez em que os canadenses
não ficaram entre os três primeiros colocados na classificação geral foi em Chicago, em 1959.
O Brasil ganhou ouro em 13 modalidades e levou medalha em 30
dos 37 esportes em que o país foi
representado em Santo Domingo.
Em Winnipeg, brasileiros subiram ao pódio em 25 modalidades.
Mas, no mesmo Pan em que o
Brasil emergiu como potência
continental, a competição viu surgir novos personagens na cena
das Américas: os países nanicos.
Nunca os micropaíses, esportivamente falando, haviam subido
tantas vezes ao pódio pan-americano. Duas nações, Granada e
Santa Lúcia, nem tinham passado
por essa experiência antes.
Outra, caso de Barbados no ciclismo, conseguiu finalmente sua
primeira medalha de ouro.
No Pan da diversidade, os seis
países dominantes -EUA, Cuba,
Canadá, Argentina, Brasil e México- abocanharam, até o início
da noite de ontem, 75,3% das medalhas disputadas.
Muito? Nem tanto. A média histórica desses países é de 83,8%,
quase o mesmo percentual obtido
no Pan de Winnipeg (83,7%).
Os pequenos, por sua vez, mostraram sua força. Em um Pan em
país também nanico, o que ocorre
pela quarta vez em 14 edições, os
pequenos aumentaram em 50%
sua representatividade no quadro
de medalhas. Antes, apenas Colômbia (1971), Porto Rico (79) e
Venezuela (83), representando os
coadjuvantes do Pan, haviam
abrigado uma edição dos Jogos.
Os seis dominantes, por outro
lado, foram sede das dez edições
restantes. Também serão os anfitriões na próxima, a Rio-2007.
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