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São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

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Santo Domingo assiste a salto do Brasil e lança luz sobre nanicos, que batem recorde de pódios

O Pan mais Pan de todos

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Daqui a alguns anos, quando o Pan de Santo Domingo, que se encerra hoje, for lembrado, dois fatos deverão chamar a atenção no quadro de medalhas.
O primeiro deles é o crescimento do Brasil. Nunca o país conquistou tantos lugares no pódio como nos Jogos da República Dominicana. Até o início da noite de ontem, os brasileiros já haviam levado 123 medalhas, crescimento de 21,8% em relação à edição anterior, Winnipeg-99, que fora a melhor campanha da história.
Números que faziam o país disputar a terceira colocação até o penúltimo dia de competições com o Canadá, atrás apenas de potências como EUA e Cuba.
O Canadá, terceira força das Américas, havia muito tempo não via seu posto ser ameaçado. A última vez em que os canadenses não ficaram entre os três primeiros colocados na classificação geral foi em Chicago, em 1959.
O Brasil ganhou ouro em 13 modalidades e levou medalha em 30 dos 37 esportes em que o país foi representado em Santo Domingo. Em Winnipeg, brasileiros subiram ao pódio em 25 modalidades.
Mas, no mesmo Pan em que o Brasil emergiu como potência continental, a competição viu surgir novos personagens na cena das Américas: os países nanicos.
Nunca os micropaíses, esportivamente falando, haviam subido tantas vezes ao pódio pan-americano. Duas nações, Granada e Santa Lúcia, nem tinham passado por essa experiência antes.
Outra, caso de Barbados no ciclismo, conseguiu finalmente sua primeira medalha de ouro.
No Pan da diversidade, os seis países dominantes -EUA, Cuba, Canadá, Argentina, Brasil e México- abocanharam, até o início da noite de ontem, 75,3% das medalhas disputadas.
Muito? Nem tanto. A média histórica desses países é de 83,8%, quase o mesmo percentual obtido no Pan de Winnipeg (83,7%).
Os pequenos, por sua vez, mostraram sua força. Em um Pan em país também nanico, o que ocorre pela quarta vez em 14 edições, os pequenos aumentaram em 50% sua representatividade no quadro de medalhas. Antes, apenas Colômbia (1971), Porto Rico (79) e Venezuela (83), representando os coadjuvantes do Pan, haviam abrigado uma edição dos Jogos.
Os seis dominantes, por outro lado, foram sede das dez edições restantes. Também serão os anfitriões na próxima, a Rio-2007.



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