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PAN E CIRCO
O novo inimigo: a Ilha
JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA
Quando os Jogos de Santo
Domingo começaram,
confesso que não imaginava
que o Brasil fosse conseguir
mais sucesso do que em 1999.
Felizmente me enganei. Superamos o nosso recorde de medalhas de ouro e de pódios.
Agora, se aperfeiçoarmos
nossos métodos e garantirmos
a continuidade dos investimentos, no Pan do Rio superaremos o Canadá até com certa
folga e, mais do que isso, iniciaremos um ataque aos cubanos.
Na verdade, é uma vergonha
que tomemos uma surra de
Cuba. Nossa renda per capita é
mais que o triplo da deles, nossa população é mais de dez vezes maior, e nosso PIB é 50 vezes o PIB cubano.
Os mais céticos dirão que eles
gostam é de fazer propaganda
com o esporte. Mas não vejo
problema em fazer propaganda com o esporte. E com a educação e com a saúde pública.
Creio que só há dois modos
de vencer a Ilha. O primeiro é
transformar o esporte em prioridade política e social, como
parte integrante de um grande
projeto de educação e de felicidade. O segundo é torcer para
que Bush Filho invada Cuba.
Prefiro a primeira opção.
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