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Comitê do Pan-07 critica marketing, instalações, ingressos e segurança
Rio diz que Santo Domingo ensinou só o que não fazer
Evandro Teixeira/COB
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Cesar Maia, prefeito do Rio e que está em Santo Domingo para promover o Pan-07, premia equipe brasileira de nado sincronizado |
EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTO DOMINGO
O Comitê Organizador do Rio
quer fazer, no Pan de 2007, tudo
diferente de Santo Domingo. A lição que a entidade diz ter tirado
da competição dominicana é essa:
trilhar o caminho contrário.
Do esquema de segurança ao
plano de captação de recursos ou
ao prazo de conclusão das instalações esportivas, tudo é pensado
de modo diverso do feito na República Dominicana, a fim de que
os problemas de 2003 não sejam
repetidos daqui a quatro anos.
De posse das informações coletadas agora -além de outras propostas-, o Departamento Técnico do Comitê Olímpico Brasileiro
deve reestruturar o dossiê do Pan-07. A primeira reunião do Co-Rio
com a Organização Desportiva
Pan-Americana para tratar do assunto está prevista para outubro.
O secretário geral do Co-Rio,
Carlos Roberto Osório, explicou
que sua função não é criticar o
Pan de Santo Domingo, mas divergiu de muitas das decisões tomadas pelo Copan, o Comitê Organizador do Pan-2003. ""Estamos
aqui para aprender com os erros e
acertos, mas não vamos basear
nosso planejamento em experiências malsucedidas", disse.
Para ele, a área em que os dominicanos tiveram o pior desempenho foi no programa de marketing, que o presidente do Copan,
José Joaquín Puello, reconhece ter
sido seu calcanhar-de-aquiles.
Isso teria sido causado pelo
atraso com que os dominicanos
fecharam, só há dois anos do Pan,
o acordo com a produtora de TV
que gerou suas imagens. A idéia
dos brasileiros é fechá-lo nos próximos quatro ou seis meses.
""Eles [os dominicanos] admitem que foi um erro estratégico e
que a receita com a comercialização dos Jogos está aquém do esperado. É imprescindível que se tenha a programação da TV planejada para mostrar aos investidores em potencial quando você for
em busca de recursos. Eles querem saber onde a sua mensagem
estará penetrando e quais serão os
horários", justifica Osorio.
A idéia é que essa antecedência
seja também aplicada à divulgação do evento ao público, resultando em bilheterias melhores.
Nesta edição do Pan, faltando
uma semana para sua abertura, os
preços dos ingressos não haviam
sido divulgados, e parte deles foi
distribuída gratuitamente para
evitar arquibancadas vazias.
Outro assunto priorizado pelo
Co-Rio é a segurança.
Ao contrário do que aconteceu
no Pan dominicano, cujos núcleos de segurança obedeciam a
várias ""cabeças" (militar, federal e
particular, entre outras), o Co-Rio
prevê um comando central. O responsável já foi definido: trata-se
do general Sérgio Rosário, que
hoje está na reserva e no passado
chefiou missões no Timor Leste.
Para evitar riscos, público, atletas, mídia, dirigentes e autoridades devem entrar nas instalações
esportivas por portões distintos, o
que não ocorreu nesta edição.
Também a conclusão das obras
para o Pan-07 deve acontecer com
mais antecedência do que agora.
Na semana anterior ao início do
Pan da República Dominicana
ainda havia várias instalações em
fase de acabamento. O Estádio
Olímpico, por exemplo, receberá
os retoques finais somente após o
fim do Pan, segundo confirmaram representantes da Odepa.
A data prevista para a finalização da maior parte das obras para
o Pan carioca é 2005, dois anos
antes do evento, o que permitiria
testes e eventuais modificações.
O Co-Rio afirma que consultou
representantes de federações esportivas internacionais para que
as instalações fiquem em conformidade com seus regulamentos.
Em Santo Domingo, foram encontradas incorreções técnicas
que forçaram mudanças nas instalações na última hora e que modificaram o programa de competições de algumas modalidades.
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