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Pan-americanos já questionam a nova "vidraça"
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
De estilingue a vidraça. Após
terem passado o Pan criticando
a organização de Santo Domingo, os brasileiros se tornarão,
agora, alvo das atenções.
José Joaquín Puello, presidente do Copan, afirmou esperar que os Jogos do Rio sejam
um grande sucesso, mas não
deixou de alfinetar. ""Uma coisa
é falar quando não se está envolvido no processo, outra é virar o protagonista. No papel, o
Pan do Rio vai ser um espetáculo, mas nem sempre é fácil
colocar as idéias em prática.
Sentimos isso muito bem em
Santo Domingo", afirmou.
Irritados com a postura dos
brasileiros no Pan que termina
hoje, a mídia dominicana e cartolas locais não têm poupado
os próximos anfitriões.
Em um programa de TV, foram rebatidas várias das críticas feitas pelo COB, especialmente nos quesitos segurança e
protocolo. Para os dominicanos, se houve erros, como a superlotação do ginásio de basquete, na final do masculino,
trocas de hinos e quebra de
protocolo no pódio, os brasileiros deveriam entender que
nem tudo é perfeito. Para rebater, mostraram cenas de violência e superlotação em estádios brasileiros e do trânsito
caótico em São Paulo e no Rio.
Chris Rudge, secretário-geral
do Comitê Olímpico Canadense, concorda com eles e acha
que os brasileiros terão trabalho para organizar o Pan. Afirma, no entanto, que os Jogos
do Rio têm tudo para serem
mais bem organizados do que
os de Santo Domingo.
""Certamente haverá problemas, há a questão do trânsito, a
da segurança, mas adoro o Brasil e estou ansioso", declarou o
canadense, cujo país recebeu o
último Pan, Winnipeg-99.
Até Mario Vazquez Raña,
presidente da Odepa e forte
aliado de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, diz
que o Rio tem de fazer corretamente a lição de casa.
""Organizar o Pan nunca é
uma tarefa fácil, são muitos detalhes, transporte, segurança, a
Vila Pan-Americana, as instalações esportivas... O Brasil tem
que começar logo para não ser
criticado. Mas estou otimista",
disse o mexicano.
(EO, GR E JCA)
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