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São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

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Pan-americanos já questionam a nova "vidraça"

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

De estilingue a vidraça. Após terem passado o Pan criticando a organização de Santo Domingo, os brasileiros se tornarão, agora, alvo das atenções.
José Joaquín Puello, presidente do Copan, afirmou esperar que os Jogos do Rio sejam um grande sucesso, mas não deixou de alfinetar. ""Uma coisa é falar quando não se está envolvido no processo, outra é virar o protagonista. No papel, o Pan do Rio vai ser um espetáculo, mas nem sempre é fácil colocar as idéias em prática. Sentimos isso muito bem em Santo Domingo", afirmou.
Irritados com a postura dos brasileiros no Pan que termina hoje, a mídia dominicana e cartolas locais não têm poupado os próximos anfitriões.
Em um programa de TV, foram rebatidas várias das críticas feitas pelo COB, especialmente nos quesitos segurança e protocolo. Para os dominicanos, se houve erros, como a superlotação do ginásio de basquete, na final do masculino, trocas de hinos e quebra de protocolo no pódio, os brasileiros deveriam entender que nem tudo é perfeito. Para rebater, mostraram cenas de violência e superlotação em estádios brasileiros e do trânsito caótico em São Paulo e no Rio.
Chris Rudge, secretário-geral do Comitê Olímpico Canadense, concorda com eles e acha que os brasileiros terão trabalho para organizar o Pan. Afirma, no entanto, que os Jogos do Rio têm tudo para serem mais bem organizados do que os de Santo Domingo.
""Certamente haverá problemas, há a questão do trânsito, a da segurança, mas adoro o Brasil e estou ansioso", declarou o canadense, cujo país recebeu o último Pan, Winnipeg-99.
Até Mario Vazquez Raña, presidente da Odepa e forte aliado de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, diz que o Rio tem de fazer corretamente a lição de casa.
""Organizar o Pan nunca é uma tarefa fácil, são muitos detalhes, transporte, segurança, a Vila Pan-Americana, as instalações esportivas... O Brasil tem que começar logo para não ser criticado. Mas estou otimista", disse o mexicano. (EO, GR E JCA)


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