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CONTRA-ATAQUE
Mira certeira
Quando treinava a Ponte Preta
em 1995, o técnico Pepe tinha
um hábito que chamava a atenção dos jogadores.
Assim que chegava ao gramado do Moisés Lucarelli para iniciar seus treinos, ele chutava
uma das bolas que, no meio-campo, aguardavam os atletas.
Invariavelmente, a bola ia
mansa estacionar junto a uma
das bandeiras de escanteio.
A precisão do velho mestre,
ponta lendário do Santos nos 50
e 60, fez com os jogadores passassem a imitá-lo, porém sem
conseguir o mesmo resultado.
Colocar a bola para descansar
ao lado da bandeira tornou-se
uma verdadeira obsessão.
Certo dia, no entanto, meio
que por acaso, um dos atletas
conseguiu. O grupo, exaltado,
chamou Pepe para mostrar a ele
a façanha do colega.
O técnico elogiou a habilidade
do rapaz, mas não se fez de rogado. Pegou uma das bolas, posicionou-se, e chutou.
A bola foi bater na que já descansava na bandeirinha, empurrou-a e assumiu seu posto.
Os risos, então, se transformaram em aplausos.
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