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MEMÓRIA
Relatório de uma das CPIs não foi posto em votação
DA REPORTAGEM LOCAL
As CPIs do futebol foram
criadas, após muita polêmica,
no ano de 2000 a fim de investigar possíveis irregularidades
no futebol brasileiro.
A CPI da Câmara, conhecida
como da CBF/Nike, tinha como objetivo principal analisar
o papel da parceira da confederação nas atividades da seleção
brasileira e, principalmente,
durante a Copa de 1998, quando Ronaldo sofreu uma crise
nervosa momentos antes da final e mesmo assim foi escalado
para jogar a decisão.
A do Senado, teoricamente
mais abrangente, ganhou o nome de CPI do Futebol.
Depois de exatos nove meses
de trabalho, a da Câmara não
finalizou seu relatório, que tinha cerca de 1.600 páginas. Aldo Rebelo e Silvio Torres, respectivamente presidente e relator da CPI, não levaram o texto
final à votação, já que a "bancada da bola" tinha maioria no
plenário e poderia vetá-lo.
A CPI do Senado, no entanto,
foi adiante. O relatório final,
após muita discussão, acabou
aprovado por unanimidade.
O texto pedia o indiciamento
de 17 pessoas, entre elas Ricardo Teixeira, presidente da CBF,
acusado de crimes como lavagem de dinheiro e sonegação
fiscal, Eduardo José Farah, presidente da federação paulista, e
Wanderley Luxemburgo.
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