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VÔLEI
Lição de casa afia seleção feminina
Vídeos e simulações ajudam equipe feminina, que encara Japão no 1º mata-mata, a destroçar rivais
DA ENVIADA A PEQUIM
A seleção feminina se preparou como nunca para seu primeiro jogo decisivo nos Jogos
de Pequim. Uma vitória sobre
a Itália deixaria o time na liderança de seu grupo.
Para isso, a comissão técnica
aproveitou o duelo contra o
fraco Cazaquistão para treinar. Também fez análises minuciosas de vídeos das rivais e
pôs as observações em prática
nos treinos. Resultado: 3 sets a
0 (25/16, 25/22 e 25/17).
A seleção fez campanha impecável na primeira fase, com
todas as vitórias por 3 sets a 0.
A equipe estréia nas quartas-de-final na madrugada de
amanhã, à 1h, contra o Japão,
no Ginásio Capital. Se vencer,
o Brasil irá pegar na semifinal
o vencedor de Rússia x China.
"Foi um jogo muito mais estudado do que os outros. Jogamos com mais concentração e
tentamos impor o nosso ritmo.
Vimos horas de vídeos, foram
quatro vídeos. A gente vai parando a cada jogada, analisando, demora um século, mas vale a pena", declara Thaisa.
Reserva, a meio-de-rede
também imitou nos treinos os
ataques de algumas atletas italianas. Com isso, as brasileiras
estavam muito mais preparadas para barrar os ataques das
adversárias no bloqueio.
O time anotou 18 pontos no
fundamento, contra 2 da Itália.
Fabiana foi o destaque (cinco
acertos), mas até Fofão (1,73
m), a mais baixa do time depois
da líbero Fabi, fez um ponto.
"Gostei do movimento do
bloqueio, está chegando bem
ajustado. Como tivemos o jogo
contra o Cazaquistão, foram
quatro dias de treinos", comemora o técnico Zé Roberto.
Mesmo antes de partidas
menos importantes, a seleção
teve um dia para se preparar.
Pelo calendário, a equipe atua
em dias alternados. A tabela dá
mais tempo para a preparação,
mas, segundo o treinador, mexe demais com a ansiedade.
"Temos de esperar um dia, e
ele parece muito longo, demora a passar. Preferimos chegar
e jogar logo", afirma ele.
No primeiro confronto das
quartas, as brasileiras irão encarar o Japão, quarto do outro
grupo. O time japonês perdeu
ontem das donas da casa, que
terminaram em terceiro.
"Jogamos contra o Japão
nos últimos quatro anos e, no
Grand Prix, foi a primeira vez
que vi o Japão jogando mais
aberto, com menos velocidade,
atacando do fundo. Gostei
mais do Japão agora, será jogo
complicado", afirma o técnico
Zé Roberto.0
(MARIANA LAJOLO)
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