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HIPISMO
Com equipe eliminada, Pessoa é a esperança
Atual campeão foi o terceiro melhor no evento individual
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A HONG KONG
A exemplo do movimento de
um conjunto na prova de saltos,
o hipismo brasileiro viveu ontem altos e baixos. A prova foi
eliminatória na disputa por
equipes e valeu como qualificatória no evento individual.
O ponto alto foi a performance do campeão olímpico Rodrigo Pessoa. Montando Rufus, ele
foi um dos quatro cavaleiros
que realizaram o percurso sem
faltas. Passou em terceiro lugar
no qualificatório individual.
O fato negativo foi a performance da equipe, que não se
classificou para a final entre os
países, que acontece hoje. Os
brasileiros fizeram apenas o
décimo resultado na prova entre os times nacionais.
Só as 8 melhores -de 16
equipes que competiram ontem- passariam à final. O número saltou para nove em razão do empate entre Alemanha
e Austrália no oitavo posto,
com 20 pontos perdidos.
Quando Pessoa, último brasileiro a se apresentar, entrou
em ação, o time nacional já não
tinha mais chances matemáticas de classificação, pois acumulara 25 pontos.
A derrocada começou com o
primeiro conjunto. Pedro Veniss, que completou a prova
sem falhas na sexta-feira, vinha
bem até o fim do percurso. Só
havia cometido um erro e passado com folga o rio, obstáculo
que mais faltas gerou ontem.
Mas, no 12º e último obstáculo,
o cavalo Un Blanc de Blancs errou a saída para o salto, e ambos
foram ao chão.
"Ele apoiou mal o posterior
antes de saltar, e não consegui
ficar em cima do cavalo. Foi
uma fatalidade. O cavalo está
assustado e com corte na pata
traseira esquerda, mas não é
nada mais grave", disse Veniss.
A seguir, entrou Bernardo
Alves, com Chupa Chup 2. O
conjunto somou 12 pontos e
passou à semifinal individual
na 30ª posição. "Meu cavalo
nunca havia passado por um
percurso tão difícil. No rio, não
haveria como evitar a falta, mas
acho que seria possível terminar com duas [faltas], não três."
Titular após a baixa de Álvaro
Affonso de Miranda Netto, o
Doda, Camila Mazza, com Bonito Z, também cometeu três
faltas. E foi punida por fazer o
percurso acima de 90 segundos. "A Camila fez o máximo
que dava. Não ficamos fora da
final por conta dela, mas pela
seqüência de fatalidades", analisou Marcelo Arteaga, chefe do
time brasileiro de saltos.
Hoje, 50 conjuntos voltam a
se apresentar. O evento é a final
da competição por equipes e a
semifinal da individual.
Os 35 melhores conjuntos na
última avançam à decisão, no
dia 21, em duas passagens.
Na primeira, com a pontuação anterior zerada, 20 cavalos
são selecionados para voltar à
tarde. Se, após as duas, houver
empate, um percurso para desempatar é realizado, e vence
quem finalizar em menos tempo e com menos faltas.
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