São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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HIPISMO

Com equipe eliminada, Pessoa é a esperança

Atual campeão foi o terceiro melhor no evento individual

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A HONG KONG

A exemplo do movimento de um conjunto na prova de saltos, o hipismo brasileiro viveu ontem altos e baixos. A prova foi eliminatória na disputa por equipes e valeu como qualificatória no evento individual.
O ponto alto foi a performance do campeão olímpico Rodrigo Pessoa. Montando Rufus, ele foi um dos quatro cavaleiros que realizaram o percurso sem faltas. Passou em terceiro lugar no qualificatório individual.
O fato negativo foi a performance da equipe, que não se classificou para a final entre os países, que acontece hoje. Os brasileiros fizeram apenas o décimo resultado na prova entre os times nacionais.
Só as 8 melhores -de 16 equipes que competiram ontem- passariam à final. O número saltou para nove em razão do empate entre Alemanha e Austrália no oitavo posto, com 20 pontos perdidos.
Quando Pessoa, último brasileiro a se apresentar, entrou em ação, o time nacional já não tinha mais chances matemáticas de classificação, pois acumulara 25 pontos.
A derrocada começou com o primeiro conjunto. Pedro Veniss, que completou a prova sem falhas na sexta-feira, vinha bem até o fim do percurso. Só havia cometido um erro e passado com folga o rio, obstáculo que mais faltas gerou ontem. Mas, no 12º e último obstáculo, o cavalo Un Blanc de Blancs errou a saída para o salto, e ambos foram ao chão.
"Ele apoiou mal o posterior antes de saltar, e não consegui ficar em cima do cavalo. Foi uma fatalidade. O cavalo está assustado e com corte na pata traseira esquerda, mas não é nada mais grave", disse Veniss.
A seguir, entrou Bernardo Alves, com Chupa Chup 2. O conjunto somou 12 pontos e passou à semifinal individual na 30ª posição. "Meu cavalo nunca havia passado por um percurso tão difícil. No rio, não haveria como evitar a falta, mas acho que seria possível terminar com duas [faltas], não três."
Titular após a baixa de Álvaro Affonso de Miranda Netto, o Doda, Camila Mazza, com Bonito Z, também cometeu três faltas. E foi punida por fazer o percurso acima de 90 segundos. "A Camila fez o máximo que dava. Não ficamos fora da final por conta dela, mas pela seqüência de fatalidades", analisou Marcelo Arteaga, chefe do time brasileiro de saltos.
Hoje, 50 conjuntos voltam a se apresentar. O evento é a final da competição por equipes e a semifinal da individual.
Os 35 melhores conjuntos na última avançam à decisão, no dia 21, em duas passagens.
Na primeira, com a pontuação anterior zerada, 20 cavalos são selecionados para voltar à tarde. Se, após as duas, houver empate, um percurso para desempatar é realizado, e vence quem finalizar em menos tempo e com menos faltas.


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