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Pesquisa mostra equilíbrio entre aqueles que seguiriam Barrichello e os que desobedeceriam a Ferrari
"Marmelada" da Áustria divide opiniões
DA REPORTAGEM LOCAL
A obediência de Rubens Barrichello à ordem da Ferrari no GP
da Áustria, há uma semana, divide opiniões no país. Essa é a conclusão de pesquisa Datafolha realizada na última semana com
3.410 pessoas em 153 municípios.
Para 47% dos entrevistados, o
piloto brasileiro agiu mal ao ceder
a vitória para o alemão Michael
Schumacher, seu companheiro de
equipe. Respondendo à mesma
questão, 36% das pessoas aprovaram sua atitude, enquanto 15%
não souberam dar uma opinião.
O Datafolha registrou ainda
equilíbrio em outra questão: a que
perguntava se o entrevistado, no
lugar de Barrichello, obedeceria
ou não à ordem da escuderia.
Entre as pessoas ouvidas pelo
instituto, 41% disseram que seguiriam a determinação da Ferrari, enquanto 47% declararam que
não obedeceriam. Não souberam
responder 12% dos entrevistados.
A margem de erro é de dois
pontos para mais ou para menos.
No domingo passado, em Zeltweg, Barrichello esteve perto de
sua segunda vitória na F-1. Depois
de fazer a pole position e dominar
todo o GP da Áustria, ele recebeu
uma ordem da Ferrari, a três voltas do final, para desacelerar e
abrir passagem para Schumacher,
até então o segundo colocado.
A ordem veio na 68ª das 71 voltas da corrida. O brasileiro atendeu e cedeu a vitória para o alemão a dez metros da chegada.
Minutos depois, Schumacher e
Barrichello foram vaiados no pódio, cena inédita e que consagrou
o episódio como uma das maiores
"marmeladas" dos 52 anos da F-1.
A polêmica criada pelo ato da
Ferrari foi um dos assuntos mais
comentados da semana. Prova
disso, 63% dos entrevistados afirmaram que tomaram conhecimento do fato. Desses, 57% consideram-se bem ou mais ou menos
informados sobre o que se passou
na corrida de Zeltweg.
Entre os que se consideram bem
informados, o equilíbrio é total:
48% obedeceriam à ordem, contra 49% que afirmaram que não
respeitariam a chefia da Ferrari.
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