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MARATONA AQUÁTICA
Brasileiras de gerações diferentes curtem fase
Prova tem russa favorita, mas atrai por sul-africana amputada
BRASIL
Poliana e Ana Marcela na água, em prova estreante nos Jogos, às 22h
DA ENVIADA A PEQUIM
Poliana Okimoto, 25, despontou em 2005 e se transformou na maior esperança de
medalhas do Brasil na maratona aquática após o vice mundial. Neste ano, Ana Marcela,
16, virou líder do ranking.
A duas gerações competem
hoje, a partir das 22h, em busca
das primeiras medalhas da modalidade, estreante nos Jogos.
O cenário do parque Shunyi é
considerado ideal para as nadadoras. Poliana tem só 1,65 m e
51 kg e sofre com as pancadas
das adversárias durante a prova. Braçadas e chutes são comuns na disputa, e a brasileira
já teve até tímpano estourado
por causa de uma cotovelada.
Em Pequim, ela não terá de
se preocupar em, além de passar as rivais, enfrentar as condições adversas do mar. A prova
será em uma raia montada, sem
marola. A temperatura também favorece as brasileiras, já
que faz calor em Pequim.
Ana Marcela é mais baixa
(1,60 m), mas mais forte (58
kg). Também tem facilidade
para nadar nessas situações.
Como Poliana, disputa provas
de 800 m livre em piscinas.
Com o número de atletas inscritos para os 10 quilômetros
da maratona reduzido a 25, o
empurra-empurra dentro d'água também deve ser menor do
que nas provas que elas costumam disputar. A favorita ao ouro é a russa Larisa Ilchenko,
que já brilha há cinco anos.
Mas todas as atenções devem
estar voltadas para a sul-africana Natalie Du Toit, 24. Em
2001, ela foi atropelada enquanto andava em sua moto e
teve parte da perna amputada.
A atleta não desistiu. Após
cinco ouros nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, arriscou-se
na seletiva olímpica. Classificou-se em quarto, à frente das
brasileiras. Foi a primeira nadadora amputada a obter vaga
para uma Olimpíada. Hoje pode se tornar a primeira medalhista. "Quando estou na água,
sou capaz de competir de igual
para igual."
(MARIANA LAJOLO)
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